A menopausa pode ser definida como a última menstruação, o que marca o fim da vida reprodutiva. É bastante comum que esse período de transição, conhecido como climatério, provoque sintomas desagradáveis, como Ondas de calor; hemorragia, ansiedade, distúrbio no sono, entre outros.
Uma funcionária acionou à Justiça contra o chefe, após o homem acusá-la de usar a menopausa como “desculpa para tudo”, e conseguiu indenização de 37,4 mil libras, cerca de R$ 230 mil. O caso aconteceu na cidade de Peterhead, na Escócia.
De acordo com informações do Extra, Karen Farquharson, de 49 anos, trabalhava na empresa há 27 anos quando começou a sofrer com sintomas da menopausa, como ansiedade, confusão mental e, até mesmo, fortes hemorragias.
Com o quadro, a mulher passou a trabalhar em casa ocasionalmente. A situação desagradou o fundador da empresa, Jim Clark, que deu pouca importância aos sintomas da funcionária, afirmando que ela deveria “simplesmente seguir em frente”.
Conforme registrado no processo movido pela colaboradora, o chefe também debochava de sua condição quando a encontrava nos corredores do empreendimento. "A velhinha tem dor e sofrimento", teria dito ele, em uma ocasião.
Chateada com a postura do chefe, Karen chegou a relatar o comportamento inadequado à companhia, reforçando que estava sendo tratada com “desdém” e “repulsa”. Após as denúncias, no entanto, seu acesso ao sistema de contas da empresa foi bloqueado e ela não conseguiu mais trabalhar remotamente.
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PROCESSO
A funcionária, então, resolveu processar o chefe. Durante a ação, Clark argumentou que os comentários eram “inocentes” e sugeriu que Karen havia armado o cenário para conseguir dinheiro para seu casamento.
O tribunal, porém, concordou com as acusações de demissão sem justa causa e assédio, levantadas pela mulher. “Jim Clark pode ser melhor descrito como um homem franco, um autodidata e um empresário de sucesso. Ele sem dúvida tem muitas qualidades admiráveis, mas a empatia pelos outros não está entre elas. Tornou-se claro para nós que ele tem pouco respeito por aqueles que, ao contrário dele, não são capazes de trabalhar tão arduamente ou sem doenças como ele”, afirmou a Justiça.
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