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Palacete Pinho: dinheiro jogado fora

Encantador pela arquitetura rebuscada e pelo colorido dos azulejos portugueses que recobrem toda a fachada, a imponência do casarão que já foi palco dos tempos áureos da Belle Époque hoje padece com a visível falta de manutenção. Da calçada da Rua Dout

Encantador pela arquitetura rebuscada e pelo colorido dos azulejos portugueses que recobrem toda a fachada, a imponência do casarão que já foi palco dos tempos áureos da Belle Époque hoje padece com a visível falta de manutenção. Da calçada da Rua Doutor Assis, no bairro da Cidade Velha, os portões fechados com correntes são o indicativo dos malefícios causados pelo desuso do Palacete Pinho, restaurado há apenas três anos, com R$ 3,8 milhões em recursos federais e municipais.

A novela sobre a reforma do Palacete Pinho é antiga. Sempre foi uma promessa não cumprida e cercada de ameaças de demolição, registrada inclusive na música “Belém, Pará, Brasil”, um clássico dos anos 1990 da banda Mosaico de Ravena. Reinaugurado com pompa como parte da comemoração do aniversário de Belém em 2011, a beleza do casarão hoje é compartilhada com os matos que brotam nos cantos das paredes externas. Provavelmente empurradas pelo vento, já que qualquer movimentação de pessoas no local é percebida, as grandes janelas de madeira da parte mais alta do prédio são encontradas abertas. Deixam visível o lustre de um dos salões que balança com o vento e o risco oferecido pela chuva para os pisos revestidos de madeira. Algumas janelas estão com vidros quebrados; as paredes, com infiltrações com rachaduras.

De passagem pela rua por acaso, a dona de casa Julieta Gayoso não pôde deixar de lamentar o estado da construção, que data de 1897 e carrega muito da história de Belém. “Podiam aproveitar um espaço desse com alguma coisa que levasse benefício para a população. Se dessem uso, ajudaria a preservar”, lamenta, sem esconder a curiosidade provocada pelas inúmeras janelas que compõem a fachada. “É um prédio tão bonito... Tinha que ser melhor cuidado. Eu lembro que reformaram aí um tempo, mas deixaram assim, fechado. Foi um dinheiro que gastaram em vão”.

Gasto o dinheiro necessário para a primeira restauração, sem destinação desde que reinaugurado, já é necessário que haja mais recursos financeiros para que o palacete continue preservado. “É necessária uma nova reparação, porque ele ficou completamente sem manutenção por todos esses anos que ficou sem uso”, confirma o diretor do Departamento de Patrimônio Histórico da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel), Jorge Pina. “Atualmente, há um projeto de restauração que está sob análise do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Estamos fazendo o mapeamento dos danos e, após a recuperação, ele será destinado para abrigar a Escola Municipal de Artes”, revela o diretor da Fumbel.

História

Construído em 1897, o Palacete Pinho foi projetado pelo arquiteto Camilo Amorim para o comerciante e comendador Português Antônio José Pinho, político de prestigio na época. O palacete era conhecido pelas festas monumentais realizadas por seu proprietário.

Localização

O Palacete Pinho fica na Rua Doutor Assis, 586 - Cidade Velha.

(Diário do Pará)

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