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Belém ganha sua Virada Cultural em dezembro

A chamada é para ocupar as ruas com arte. O convite é democrático, destinando-se a todos os interessados. Está lançada a primeira edição da Virada Cultural Belém. Serão 24 horas de programação gratuita, entre os dias 13 e 14 de dezembro, reunindo músi

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A chamada é para ocupar as ruas com arte. O convite é democrático, destinando-se a todos os interessados.

Está lançada a primeira edição da Virada Cultural Belém. Serão 24 horas de programação gratuita, entre os dias 13 e 14 de dezembro, reunindo música, teatro, cinema, dança, fotografia, artes visuais e o que mais se apresentar.

Quem quiser participar pode inscrever o seu projeto gratuitamente até 21 de novembro, por formulário eletrônico, disponível no site do evento. Segundo o produtor cultural Pedro Vianna, um dos idealizadores do projeto, a ideia é construir uma programação extensa e colaborativa.

“Esse evento chega para ser um grande catalizador de projetos e agentes culturais que já existem em Belém.

Acho que já está mais do que na hora de termos esse evento, o número de coletivos na cidade tem aumentado, um maior número de artistas ganham destaque nacional, mais espaço e galerias foram abertas, estamos diante de um cenário efervescente em Belém”, explica.

Inspirada na Virada Cultural de São Paulo, a versão paraense quer reunir em sua estreia artistas locais e nacionais. E já tem uma grande atração confirmada, o rapper Emicida, um dos destaques da novíssima geração da música brasileira. Ele se tornou ícone do hip hop com canções como “Hoje Cedo” e “Levanta e Anda”. Mas não é com os shows musicais que a Virada pretende iniciar.

No dia 13, sábado, pela manhã, o evento inicia com oficinas na Casarela e no Fórum Landi. À tarde, está prevista uma extensa mostra audiovisual nos cinemas Líbero Luxardo (Centur) e Olympia.

Durante o evento, o Sistema Integrado de Museus também terá todos os espaços abertos com entrada gratuita.

Ainda não é possível precisar quantas oficinas ou filmes estarão na programação, pois toda ela será montada a partir das propostas enviadas no período de inscrições e passarão por uma curadoria.

“Ainda pode ser que cheguem propostas de intervenções artísticas, apresentações teatrais, e estamos abertos a tudo. O que queremos é ocupar os espaços com arte, independente da linguagem”, convida Pedro Vianna.

Dois Palcos

Os shows musicais, que costumam ser a parte mais aguardada nas outras versões da Virada Cultural país afora, terão início na noite de sábado, em um palco montado na Estação das Docas.

Estão previstas 12 atrações, mas a quantidade pode aumentar de acordo com a qualidade dos artistas inscritos.

Já o encerramento será num segundo palco, na Feira do Açaí, com programação bem definida e aprovada – uma alvorada de carimbó.

“Escolhemos também a Feira por ser um dos pontos mais emblemáticos do centro histórico da cidade e ao mesmo tempo marginalizado. Afinal, essa ocupação que estamos propondo é também uma confraternização.

A gente precisa ganhar espaço dentro dessa onda violência que tomou conta da cidade”, diz Pedro Vianna.

E quem já esteve na Virada Cultural de São Paulo recomenda e aprova a iniciativa.

A ocupação dos espaços abertos e de valor histórico é algo para comemorar, declara o guitarrista Manoel Cordeiro, que ao lado do filho Felipe Cordeiro, participou da Virada Cultural de São Paulo, em maio deste ano, levando ainda as cantoras Lia Sophia e Luê como convidadas.

“Acho toda essa iniciativa muito positiva. Este é um evento que permite por frente a frente diversas vertentes da música. E a música paraense cresce assim, na contradição. É nesse encontro que nasce a pluralidade. O fato de ser em lugares abertos, com acesso livre ainda faz do evento um fio condutor, que facilita a ligação entre artista e público”, finaliza o músico.

A cantora da Gang do Eletro, Keila Gentil, que participou da última edição em terras paulistas, comemorou a notícia:

“Eu adorei! Aqui no Pará temos muita coisa boa que a própria população desconhece. Esse é um evento que poderá ser vitrine para muita gente”, diz Keila, que antes de ser a estrela do tecnobrega, também era fã da cultura hip hop e, quem sabe, vai curtir as intervenções de grafite e dança.

NA EXPECTATIVA

Virada Cultural Belém 2014
Quando: 13 e 14 de dezembro, com 24 horas de programação gratuita
Onde: diversos pontos da capital
Inscrições: www.viradaculturalbelem.com.br
Informações: (91) 3223-3979 | [email protected]

(Diário do Pará)

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