Para Bernardo Mosquera, Armando Queiroz “é quase como se fosse uma espinha dorsal dessa exposição”. Tanto que obras dele passam pelas três áreas “temáticas” definidas para a mostra em cada um dos andares da galeria.

“Também as obras de Guy Veloso, com cenas de incorporação e rituais secretos, porque o tempo inteiro que passei no Pará, todas as histórias eram atravessadas por relatos mágicos”, diz Bernardo.

O primeiro andar, ele descreve, é como se fosse a cidade emergindo do rio. É onde se encaixam as imagens de Elza Lima - que o curador descreve como uma das maiores fotógrafas do Brasil, de quem muito ainda precisa ser visto - e também obras de Luiz Braga.

O segundo andar, diz Bernardo, “é um pouco mais violento”, agregando temas como desmatamento, queimadas, construção de represas em áreas de floresta, e trabalhos como os de Alberto Bitar, da série sobre sucatas de aviões que cruzaram os céus amazônicos, e também na série “Corte Seco”, em que ele registra cenas reais de assassinatos.

A exposição segue para chegar ao terceiro andar de uma forma “mais amorosa”. É aí que se encaixam obras de Guy Veloso, Orlando Maneschy e os luminosos de Keyla Sobral, que refletem questões universais, com foco nas relações humanas.

(Diário do Pará)

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