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URINA PRETA

Vendedores de peixes reclamam da baixa procura em Marabá

Apesar de nenhum caso ter sido suspeito ou confirmado em Marabá ou na região de Carajás a procura pelo pescado diminuiu bastante neste domingo (12).

Imagem ilustrativa da notícia Vendedores de peixes reclamam da baixa procura em Marabá camera Notícia da doença da urina preta tem resultado em pouca procura pelo pescado em Marabá | James Oliveira/RBATV

Os vendedores de peixes de Marabá já começam a sentir os efeitos da repercussão da notícia de que 3 casos suspeitos da doença da urina preta foram notificados nos últimos dias. A doença conhecida como síndrome de Haff, a popular "Urina Preta", tem causado preocupação após casos serem registrados no vizinho Amazonas e no oeste paraense, chegando a causar uma morte em Santarém e um caso suspeito em Trairão. Agora, o alerta chegou também a capital paraense.

Apesar de nenhum caso ter sido suspeito ou confirmado em Marabá ou na região de Carajás a procura pelo pescado diminuiu bastante neste domingo (12).

O comerciante Edson Araújo, que vende peixe há pelo menos 30 anos na feira da Folha 28 reclama que as vendas foram prejudicadas em pelo menos 90%, mesmo baixando o preço. "Quando o freguês chega aqui vai logo dizendo que não quer o Tambaqui e isso nos causa um prejuízo horrível", reclama. "Olha nossa situação, estamos pedindo socorro, olha a situação, 90% das nossas vendas acabaram", desabafou.

Edson ainda diz que além de afetar a venda do Tambaqui, que é um dos suspeitos da doença, afeta também a venda de outros pescados.

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Edmilson Alves de Souza, que já trabalha com a venda de peixes há pelo menos 15 anos também está muito preocupado com a baixa procura do pescado. "Afetou e muito a venda do Tambaqui, mas sabemos que os casos confirmados não são aqui em Marabá e sim pro Amazonas", declarou. "Pelo menos a venda dos outros peixes, deu uma 'caídazinha', mas a gente ainda vende", declarou. "Mas afetou sim, hoje dia de feira lotada, não tem quase ninguém", reclamou.

O QUE É?

A Síndrome de Haff é causada por uma toxina que pode ser encontrada em determinados peixes como o tambaqui, o badejo e a arabaiana ou crustáceos (lagosta, lagostim, camarão). Quando o peixe ou crustáceo não é armazenado e acondicionado de maneira adequada, ele cria uma toxina sem cheiro e sem sabor. Ao ingerir o alimento, mesmo cozido, a substância provoca a destruição das fibras musculares esqueléticas e libera elementos de dentro dessas fibras no sangue, ocasionando danos no sistema muscular e em órgãos como os rins.

Comerciantes reclamam da situação e mostram estoque de peixe ainda cheio perto do meio dia deste domingo (12)
📷 Comerciantes reclamam da situação e mostram estoque de peixe ainda cheio perto do meio dia deste domingo (12) |James Oliveira/RBATV

SINTOMAS

Rigidez e dores musculares, dor torácica, dificuldade para respirar, dormência, perda de força em todo o corpo e urina cor de café são alguns dos sintomas da doença que costumam aparecer entre 2h e 24 horas após o consumo dos peixes ou crustáceos. A hidratação é fundamental nas horas seguintes ao aparecimento desses sintomas.

A principal forma de prevenção é não consumir pescados ou crustáceos cuja origem, transporte ou armazenamento sejam desconhecidos. O ideal é comprar esses produtos em locais com garantia de segurança. Em caso de aparecimento dos sintomas, após o consumo de peixes ou crustáceos, procurar imediatamente uma unidade de saúde. (Com informações de James Oliveira, da RBATV)

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