As últimas chuvas que caíram em Marabá resultaram em grande transtorno para grande parte da população. As chuvas além de resultarem em falta de energia, árvores quebradas, placas caídas, ainda chegaram a afetar os moradores das áreas mais baixas da cidade.
O resultado foi alagamento, terrenos e casas alagados com água e lama. E todo ano isso tem se tornado rotina. Grande parte do problema é causado por galerias, canais, grotas e bueiros entupidos, que não dão conta da vazão das águas pluviais.
Pensando nisso, a prefeitura municipal de Marabá, por meio do Serviço de Saneamento Ambiental (SSAM), começou a realizar um serviço de conscientização nos principais bairros afetados pela chuva.
Todos os dias um grupo de servidores do SSAM saem pelas ruas da cidade de porta em porta para lembrar a população sobre os cuidados com o lixo produzido. Os pontos mais críticos são também o alvo da equipe que tem a difícil missão de conversar com os moradores e comerciantes orientando a respeito do horário da coleta, do acondicionamento e do descarte do lixo, em especial, os resíduos domésticos.
“É uma rotina em Marabá depois da coleta a pessoa jogar o lixo fora. Jogar lixo na boca do bueiro, daí chove, o caminhão ainda não passou e água leva para dentro do bueiro fatalmente entupindo e provocando alagamento. O nosso serviço de limpeza é intenso, a gente nunca pára, temos muitas grotas, valas, drenagens e a gente faz um trabalho periódico”, observa Múcio Andalécio, presidente do SSAM.
Joelma Pereira faz parte da equipe de fiscais que trabalha a conscientização. Em meio a tantas informações importantes, uma das principais é o respeito ao horário da coleta, mas a receptividade de alguns populares nem sempre é positiva.
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“Porque os moradores têm de colocar o lixo fora no horário certo, ensacado direitinho, para o caminhão passar e coletar. Se colocar fora do horário, os bichos podem rasgar e as ruas ficam sujas. A receptividade é complicada, mas aos poucos vão aprendendo, em alguns locais melhorou muito de tanto a gente conscientizar” disse a fiscal.
Em meio as visitas, os fiscais vão registrando também entulhos encontrados nas portas para acionamento da coleta.
“Além da conscientização tiramos as fotos de motoeiras, galhadas no meio das ruas. Também pedimos às pessoas que não joguem lixo aos domingos porque a coleta não acontece nesse dia, somente durante a semana”, explica Antônio de Souza, fiscal da SSAM.
O serviço de coleta do lixo domiciliar acontece regularmente na cidade de segunda a sábado sempre nos horários previstos entre 07h às 17h e a noite das 18h às 3h da manhã. Na zona rural é feita uma a duas vezes por semana em algumas localidades como Brejo do Meio, Vila Sororó, dentre outras. Em áreas comerciais, a exemplo das feiras, a coleta é feita também no domingo.
Odilon Cerqueira, coordenador da gestão de limpeza no SSAM, observa que para a prefeitura manter a cidade limpa e sem problemas com os resíduos precisa contar com a colaboração da população. Em alguns locais, por exemplo, o serviço de coleta tem de acontecer duas vezes ao dia por conta do desrespeito aos horários. É o caso das avenidas Paraíso, Antônio Vilhena e Boa Esperança, no núcleo Cidade Nova. Mesmo sendo área comercial, o descarte do lixo acontece fora dos horários e os resíduos são de todos os tipos.
“No serviço de coleta fazemos uma cobertura de 100%, é uma coleta diária. Pedimos a população que coloque o lixo no horário em que o carro passa. Não adianta colocar o lixo ao dia, se o caminhão passa a noite. Evita colocar fora do horário”, enfatiza.
Outro problema sério encontrado pelas equipes é o descarte irregular do lixo que provoca alagamentos e causa prejuízos para a cidade.
“Aos que moram próximo a valas, pedimos que não jogue lixo dentro delas, não jogue colchão, cama, fogão, sofá para evitar alagamentos”, reforça o chefe.
Garí dar dicas de como colaborar com o serviço de limpeza
Márcio Gomes, trabalha na coleta de lixo na rota do bairro Km.02, parte das Laranjeiras e Liberdade. O serviço começa às 18h e o trabalho fica mais rápido e eficiente com ajuda da população.
“Pedimos que as pessoas coloquem o lixo no horário certo, e em relação a cacos de vidro, por favor colocar dentro de uma caixa. Os espetos não devem ser colocados na sacola, a pessoa pode quebrar ele todinho e deixar dentro de uma caixa. A gente já se cortou pegando sacola. Furamos o dedo com espeto, muitos têm consciência, outros não. Quando a pessoa não amarra a sacola direito derrama no chão, e aí demora demais”, compartilha o trabalhador sobre o dia a dia da missão nas ruas.
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