A falta de respeito nas vias brasileiras se reflete em tristes estatísticas. Em 2021, foram registradas 11.647 mortes causadas por ocorrências no trânsito no país, de acordo com dados da Secretaria Nacional de Trânsito.
No início da tarde desta segunda-feira (21) uma jovem morreu atropelada, quando seguia para o trabalho em Marabá, no sudeste do estado. Jainara Silva Pereira, de 22 anos, trabalhava como operadora de caixa em um supermercado na Folha 26, na Nova Marabá.
O acidente ocorreu em frente ao estabelecimento. Ela seguia de bicicleta, quando foi atropelada por uma carreta.
O motorista da carreta, Cláudio Ribeiro, de 54 anos, contou que seguia para o supermercado, onde a vítima trabalhava, pois iria descarregar lá. Ele diz que seguia o fluxo normal dirigindo o veículo, quando uma motocicleta vinha descendo na contramão. “A moça da bicicleta (vítima) foi desviar da moto e veio a colidir na minha carreta”, contou.
Com o impacto da batida, a vítima caiu ao chão com fraturas expostas e bateu gravemente a cabeça. Uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi ao local e constatou o óbito.
A auxiliar de limpeza Eliane Marques, de 37 anos, pilotava a motocicleta que estaria na contramão. Ela afirma que estava indo para o almoço, mas que o acidente ocorreu depois dela ter passado na via.
“Eu estava atravessando devagar, quando eu passei só escutei a batida. Eu parei, desci e corri da moto para socorrer a moça”, disse, acrescentando que o motorista da carreta a segurou afirmando que ela tinha culpa no acidente.
“Eu não sumi do local, porque eu já tinha passado, escutei a batida e fui lá vê”, reafirmou a motociclista.
O corpo da jovem vítima foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Marabá, para passar por necropsia.
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A mãe dela, Lucilene Sousa Silva, estava desesperada e sem acreditar no que tinha acontecido com a filha. “Tá doendo demais o meu coração, eu tinha muitos planos com ela, de repente ela partiu”, disse a mulher em prantos.
Jainara Silva Pereira trabalhava há cinco meses no supermercado. Era o primeiro emprego dela de carteira assinada. A jovem, que tinha quatro irmãos, era a filha mais velha e a única que trabalhava fichada. A família morava na Folha 25, na Nova Marabá.