Nas últimas 36 horas, o nível do Rio Tocantins subiu 58 centímetros e atingiu a marca de 11 metros e 57 centímetros, voltando a alagar dezenas de ruas de Marabá, sudeste do estado.
De acordo com a Defesa Civil, este é o quarto registro de elevação do nível do rio num período de 90 dias e com alagamento de ruas em vários bairros da cidade, atingindo dezenas de famílias, principalmente na Marabá Pioneira e outros bairros no núcleo Cidade Nova.
“Essa oscilação já era esperada e nestas últimas horas subiu bastante e vai ficar nessa oscilação até meados da Semana Santa. Porém, estamos monitorando o nível do rio, pois a cada 10 centímetros impacta em diversas áreas, alagando ruas e invadindo casas e deixando muitas pessoas desabrigadas”, relatou Marcos Andrade, Assessor da Defesa Civil.
De acordo ainda com Marcos Andrade, muitas famílias retornaram para as áreas de risco sem a autorização da Defesa Civil e agora estão voltando aos abrigos. Segundo ele, somente quando o nível do rio atingir a marca de oito metros é que o órgão vai emitir uma nota sobre o retorno seguro para as casas.
“E essas pessoas que voltaram não foram com autorização da Defesa Civil, pois nossa orientação era a permanência nos abrigos ou onde elas estavam que era nas casas de amigos ou alugadas. De 1.050 famílias, após o recadastramento, contabilizamos agora 780 famílias nos abrigos”, informou Marcos Andrade.
Atendimento
De acordo com a Defesa Civil, o atendimento às famílias continua em todos os abrigos, com entrega de kits de higiene, cestas básicas e a troca de botijões de gás para as famílias que estão desalojadas em casas de amigos ou familiares.
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Rio Tocantins volta a subir e desabrigar famílias em Marabá
A quarta elevação no nível do rio Tocantins está chamando a atenção de muitas pessoas, principalmente as mais antigas da cidade. Joel Araújo, servidor público municipal e ex-vereador, relatou que na década de 1970, teve que mudar três vezes da Marabá Pioneira para a Nova Marabá.
“A enchente é surpreendente e neste ano foi atípica, porém no ano de 1978, tivemos que mudar três vezes aqui da Marabá Pioneira, no entanto, neste mesmo ano também contabilizamos quatro enchentes, e teve outras também nos anos de 1950 e 1960 muito parecidas com a que estamos vivendo hoje”, relatou Joel Araújo.
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