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ELEIÇÕES 2022

Em Marabá, mais de 185 mil pessoas estão aptas a votar 

Houve um aumento de mais de 20 mil eleitores em um período de sete meses

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Imagem ilustrativa da notícia Em Marabá, mais de 185 mil pessoas estão aptas a votar  camera No próximo dia 2 de outubro, ocorre em todo o país o 1º turno das eleições | Reprodução

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de janeiro de 2022 até julho (última atualização), Marabá, no sudeste do Pará, saltou de 164 mil e 349 para 185 mil e 129 eleitores. Ou seja, um aumento de mais de 20 mil eleitores em um período de sete meses.

Outros dados importantes do contingente eleitoral do município apontam que a maior parte está na faixa etária entre 25 e 34 anos (23,84%). Já em relação à formação, o maior segmento tem ensino médio completo (29,22%).

No próximo dia 2 de outubro, ocorre em todo o país o 1º turno das eleições. O eleitor escolherá representantes para os cargos de deputados estadual e federal, senador, governador e presidente da república. Caso haja segundo turno, ocorrerá no dia 30 de outubro.

Elaine Santana é coordenadora da Escola Judiciária Eleitoral (EJE) do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE). O setor tem como objetivo ser uma via de comunicação entre o TRE e a sociedade levando informações sobre projetos, ações e conscientização sobre temas importantes aos eleitores, como compra de voto, desinformação sobre o processo eleitoral, a importância do voto e outros.

Elaine Santana, coord. da Escola Judiciária Eleitoral (EJE) do TRE
📷 Elaine Santana, coord. da Escola Judiciária Eleitoral (EJE) do TRE |Divulgação

“Nós costumamos dizer em nossas palestras que voto não tem preço, voto tem consequência. O voto é a forma que todo cidadão, toda cidadã brasileira, tem a capacidade, a possibilidade de participar ativamente da nossa democracia”, ressalta a coordenadora da EJE.

Só que o papel do eleitor não termina na urna. Assim que a eleição é finalizada, o cidadão agora assume o papel de fiscalizar o trabalho desenvolvido pelos representantes eleitos, a fim de saber se os recursos provenientes dos impostos estão sendo bem aplicados.

Para Elaine Santana, o voto, muitas vezes, pode representar protesto ou esperança, bem como expressar o contentamento ou descontentamento do eleitor com os políticos eleitos, sendo assim decisivos para os processos de mudança ou continuidade.

“Então, o eleitor tem essa possibilidade de com o seu voto ter voz. Eu acho que o que as pessoas querem e buscam é ter essa voz. Então, são várias vozes que, unidas, formam o todo. Então, o voto é isso”, reitera a coordenadora.

No Brasil, o voto é obrigatório e foi um direito conquistado no processo de redemocratização do país após os anos de Ditadura Militar, entre 1964 e 1985. Atualmente, apenas pessoas com 16 e 17 anos e com mais de 70 anos estão desobrigadas de votar.

Janine Bargas é doutora em comunicação pela Universidade Federal de Minas Gerais, professora da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) e coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Comunicação e Política. Ela destaca que o voto foi um direito conquistado por meio de muitas lutas e que é vital para o livre exercício do processo democrático.

“O voto é um requisito fundamental para o que a gente chama de democracia. E somente dentro do regime democrático é possível a gente falar de cidadania. Não é possível falar de direitos e deveres fora do regime democrático.”, pontua a professora.

Janine Bargas destaca que o voto foi um direito conquistado por meio de muitas lutas
📷 Janine Bargas destaca que o voto foi um direito conquistado por meio de muitas lutas |Divulgação

Rádio e TV

No próximo dia 26 de agosto, inicia a campanha eleitoral no rádio e na televisão. Um convite que a pesquisadora Janine Bargas faz é que os eleitores busquem se informar com qualidade a respeito dos temas que lhe interessam. Em tempos de multiplicação de informações falsas é sempre bom ficar atento.

“Sobre aquilo que chega ali nos grupos de mensagens instantâneas. Será que isso mesmo é verdade? Buscar a verdade dos fatos, buscar se informar sobre os seus candidatos; sobre aqueles que podem atender às suas necessidades coletivas e individuais e perceberem que, somente por meio do voto na nossa sociedade, a gente pode transformar as realidades injustas”, finaliza.

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