Conscientizar a população e a comunidade médica de Marabá sobre os riscos causados por problemas da má circulação do sangue, varizes, diabetes e outros problemas relacionados. Essa foi a premissa do "I Simpósio de Atenção à Saúde Vascular do Sul e Sudeste do Pará", que aconteceu na noite da última sexta-feira (16) no auditório da Faculdade de Ciências Médicas do Pará - Facimpa.
O evento foi organizado em parceria com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular Regional Pará, Escola da Saúde - EAD e Secretaria Municipal de Saúde de Marabá.
O evento contou com palestras sobre os problemas relacionados ao chamado Pé Diabético, Escleroterapia com espuma densa de polidocanol e Manejo da trombose venosa profunda e varizes nas pernas.
De acordo com a doutora Tatiana Carvalho, cirurgiã vascular e uma das organizadoras do evento, o tema é relevante e importante pela quantidade de pacientes que se vê sofrendo com essas patologias. "E essas patologias você tem como melhorar com a prevenção, com a informação", declarou.
"Então fizemos essa reunião com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular Regional Pará, ao qual dou diretora e consegui trazer alguns especialistas de Belém para palestrar sobre temas extremamente relevantes na nossa área como Pé Diabético, a Trombose Venosa Profunda e o tratamento de varizes, muito importante para a população médica e nossos estudantes", enfatizou.
O pé diabético é uma série de alterações que podem ocorrer nos pés de pessoas com diabetes não controlado. Infecções ou problemas na circulação dos membros inferiores estão entre as complicações mais comuns, provocando o surgimento de feridas que não cicatrizam e infecções nos pés, segundo o Ministério da Saúde.
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Doutora Tatiana explica que especificamente o paciente que tem diabetes precisa ter um cuidado especial com os pés. "A diabetes faz alterações desde neurológicas, anatômicas, esse paciente é mais propenso a ter ulcerações (feridas), rachaduras, deformidades, pisar errado, começa com aquele calo que parece um calo bobo e desse calo começa a infecção", explicou.
VARIZES
Um dos palestrantes foi o médico Victor Hugo Guerreiro, Cirurgião Vascular que salientou que durante a pandemia as pessoas relaxaram um pouco o cuidado com outros aspectos da saúde, o que tem resultando em aumento grande de pacientes desenvolvendo problemas relacionados a vascularização. "Esse período pandêmico afastou um pouco as pessoas da assistência, quer seja por medo, pelos serviços ficarem mais distantes isso foi uma coisa subjetivamente e depois os dados comprovam isso", ressaltou.
De acordo com ele, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Vascular a procura por cirurgia de varizes diminuiu cerca de 70% no estado do Pará. Para ele é importante procurar ajuda médica logo ao aparecer os primeiros sinais da varize.
"Ela é uma doença progressiva que não começa nas formas graves, inicialmente começa aparecendo um vasinho pequeno, sensação de peso na perna e isso vai progredindo se não for devidamente valorizado pelo paciente", alertou doutor Victor Hugo Guerreiro.
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