As chuvas que vêm caindo na região de Carajás nos últimos dias resultaram em um aumento repentino e rápido do nível do rio Tocantins em Marabá no sudeste paraense. No último dia 2 de dezembro, o nível do rio estavam em 4m87cm. Nesta segunda-feira (5) o nível já estava em 6m30cm, ou seja, 1m43cm em apenas três dias. Em média o nível do rio subiu 0,47 centímetros por dia neste final de semana. Em porcentagem, o crescimento foi de 29,36%.
O outro rio que banha Marabá, o Itacaiúnas, também acompanha esse aumento do nível e nesta segunda-feira (5) chegou a 7m40cm.
Segundo o boletim elaborado pela equipe técnica do Núcleo de Monitoramento Hidrometeorológico da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), divulgado nessa segunda-feira (05), a previsão é de mais chuva para as regiões sul e sudeste do Pará e boa parte do estado.
As previsões da Semas atendem a expectativa para o final de ano, quando se dá início ao período popularmente conhecido como "inverno amazônico", assim chamado devido às chuvas ocorridas com frequência em grande parte da região.
Neste período, o componente responsável pelo grande volume de chuvas é a zona de convergência intertropical, que atua desde dezembro até meados de maio, ocasionando chuvas e tempo encoberto durante o dia todo.
A expectativa é que o acumulado de chuvas categorizadas acima do normal prevaleça durante todo o próximo trimestre, dezembro de 2022 a fevereiro de 2023, na maior parte do estado. Na região nordeste e sudeste, a expectativa é que ocorram no trimestre chuvas consideradas normais.
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DEFESA CIVIL DE OLHO
O coordenador da Defesa Civil Municipal, Marcos Andrade, esteve na Folha 33, núcleo Nova Marabá, para acompanhar a evolução da cheia do rio Itacaiunas.
“De acordo com a nossa pesquisa, nosso levantamento, que a gente vem fazendo desde julho, tem cinco famílias que saem já com 9 metros no Itacaiunas. Estamos olhando os pontos críticos, vindo in loco para a gente já ter nossa demanda e até onde a gente vai fazer também os nossos abrigos, caso tenha uma cheia repentina. Tudo está planejado”, afirma o coordenador.
Ainda segundo ele, os mapeamentos já foram realizados junto às populações ribeirinhas e comunidades. Entre as áreas consideradas pontos críticos estão os bairros Carajás I, II e III, um local de urbanização desordenada no bairro Amapá, Folha 33, São Félix e um baixão na Marabá Pioneira onde antes não era habitado, mas hoje já conta com moradores. “A gente está fazendo a visita para a população entender que a Defesa Civil está presente neste momento”, explica Marcos Andrade.
De acordo com Felipe Galucio, Comandante do Corpo de Bombeiros de Marabá, a parceria da corporação com a prefeitura sempre é bem alinhada a fim de potencializar a assistência às famílias atingidas pela cheia dos rios.
“Nós estamos nos reunindo já para poder estabelecer algumas estratégias, de como nos anteciparmos ao fato de modo que não seja tão difícil o atendimento das famílias. A parceria entre a Prefeitura e o Corpo de Bombeiros sempre foi muito bem estabelecida, muito bem-vinda. Nós temos um diálogo direto e isso tem facilitado nosso trabalho ao longo desses anos”, ressalta o comandante.
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