Rio Tocantins recua, mas pode voltar a subir em Marabá  

Depois de ter alcançado a marca de 11,95 metros acima do normal, o nível do Rio Tocantins, nesta terça-feira (28), já havia baixado 23 centímetros e estava com 11,72 metros. Apesar do recuou, a orientação da Defesa Civil é que as famílias ainda não voltem para as suas residências.

“A Defesa Civil pede que as pessoas não saiam da sua casa para onde foram mudadas ou dos abrigos para não retornar, porque a gente pode ter um repique ainda, porque a gente não sabe da natureza”, afirma o coordenador da Defesa Civil, Marcos Andrade.

De acordo com o órgão, 2.481 famílias estão sendo afetadas pela cheia dos rios Tocantins e Itacaiúnas, sendo que 920 estão em um dos 14 abrigos públicos construídos pela prefeitura.

O Boletim da Defesa Civil aponta que 410 famílias foram para casa de amigos, familiares ou imóveis alugados; outras 361 são ribeirinhas atendidas pela Defesa Civil; 514 continuam morando no imóvel alagado, no piso superior e 275 mudaram por conta própria.

Atualmente a Defesa Civil conta com o trabalho de 60 pessoas entre Bombeiros militar e civil, Exército Militar e voluntários, além de 30 servidores da Secretaria de Assistência Social (Seaspac), que trabalham no cadastramento para recebimento de cestas básicas de alimentos.

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Programa Recomeçar

Reneide Alves ainda não tem previsão de voltar para casa. O imóvel onde mora continua debaixo d'água. "Eu perdi móveis, colchão, comida e esse benefício vai nos ajudar muito. A água encheu de uma vez que não deu tempo para nada", relembra a dona de casa. Mais de 350 famílias afetadas pelas cheias dos rios Itacaiúnas e Tocantins, já foram cadastradas no Programa Recomeçar, do governo do Estado. A estimativa é beneficiar 1.600 famílias.

"Começamos o cadastramento pelas famílias que estão nos abrigos. Vamos continuar de maneira ininterrupta. Nós só vamos sair de Marabá quando todas as famílias atingidas pelas enchentes dos rios forem atendidas", garantiu o coronel Arthur Vieira, coordenador adjunto da Defesa Civil Estadual.

O Programa Recomeçar visa conceder um salário mínimo, em cota única, para as vítimas que possuam renda de até três salários mínimos e que tiveram suas residências atingidas pelas enchentes. Além do programa, estão sendo distribuídos cerca de 2,5 mil cestas de ajuda humanitária, 2 mil kits de higiene, produtos para dormitório e 2 mil colchões.