Marabá no sudeste paraense tem uma das praias mais movimentadas do estado durante as férias do verão amazônico. Com a estiagem, as águas do rio Tocantins baixam, deixando aparecer um imenso banco de areia, que forma a praia. E o nome do local é uma homenagem a um dos peixes mais característicos e saborosos da região: o Tucunaré.
A iguaria é procurada por veranista, durante todo o mês de julho. Produto da pesca artesanal e da piscicultura, orientadas, de forma direta e indireta, pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater), o peixe é um dos carros-chefe do cardápio de mais de 100 barracas e restaurantes na areia e na orla, seja feito na brasa ou como caldeirada, o Tucunaré faz a festa dos turistas.
Em Marabá, em específico, há destaque também para o mapará e pescada do Rio Tocantins. Normalmente, o tucunaré é produzido no Lago de Tucuruí, município em que a Emater atende cerca de 50 famílias da colônia Z-30, em Marabá, e mais de 100 da colônia Z-32, em Tucuruí. A bordo de rabetas, a pesca é realizada com redes, caceia (conjunto de redes) e anzóis.
“Cabe dizer que a pesca artesanal em Marabá é considerada sustentável e apresenta grande valor de segurança alimentar", resume o chefe do escritório local da Emater em Marabá, o técnico agrícola e matemático Aguiberto Alves. "Nosso papel, ainda, é de participar de processos de educação ambiental, qualidade de água, descarte devido de lixo”, diz.
Veja também:
Policlínica em Marabá deve se entregue no segundo semestre
Marabá Jazz Festival 2023 chega à segunda edição em agosto
Andressa Urach expõe novamente relação com Cauã Reymond
Para o chefe do escritório local da Emater em Tucuruí, o técnico em aquicultura Jurandir Trindade, o potencial é de diversificação: “O agricultor familiar que trabalha com pesca artesanal trabalha também com cultivo de mandioca, de milho, então nosso acompanhamento acaba de múltiplos aspectos”, diz.
Presidente da Colônia Z-30, o pescador Edvaldo Cruz, mais conhecido como “Picolé”, estima que em Marabá a pesca anual supere 20 mil toneladas: “Abastecemos feiras, supermercados, restaurantes; é uma comida do dia a dia do município, e o excedente é exportado para outros municípios”, explica.
Degustação
Em férias em Marabá, a administradora Ana Lúcia Barboza, de 67 anos, chegou da capital Belém para uma lauta refeição de peixe, enquanto o marido, o filho, os netos e os sobrinhos aproveitavam banho e sol: “É um manjar dos deuses. Nós adoramos. Peixe é suculento, saudável, nutritivo e um símbolo da nossa cultura amazônica”, animava-se a turista.
O grupo de mais de dez pessoas que saboreavam o Tucunaré, entre adultos e crianças, incluía moradores de Fortaleza, no Ceará, e de Goiânia, em Goiás.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar