O Setembro Amarelo surgiu com a ideia de quebrar tabus, reduzir estigmas, estimular que as pessoas busquem e ofereçam ajuda. Desde 2015, quando ocorreu a primeira edição, ano a ano este movimento vem crescendo com mais pessoas reconhecendo que falar sobre suicídio é fundamental, mas exige cuidados.
Neste domingo (10), foi o Dia D, da programação toda voltada à prevenção ao suicídio.
A psicóloga, e coordenadora do programa Pará Paz, do governo do estado do Pará, Tábata Veloso, que atende principalmente mulheres, em entrevista ao programa Se Ligue na Clube com da última sexta-feira (8), conversou sobre esse tema com o comunicador Nonato Dourado. O programa vai ao ar de segunda à sexta a partir das 14h na Rádio Clube FM de Marabá.
Segundo ela, as mulheres tentam mais contra as próprias vidas, mas os homens obtém mais 'sucesso' na execução do mesmo, e essa tentativa deve ser vista como alerta no sentido do que as mulheres estão sentindo. "Em comparação as mulheres tentam até três vezes mais do que os homens, mas os homens conseguem três vezes mais que as mulheres", disse.
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Ainda segundo a psicóloga Tábata Veloso, os transtornos de humor são um indicativo de que algo não vai bem com a pessoa. "Dentre esses efeitos existem outros que podem desencadear problemas mentais, como uma perda muito brusca, e não podemos usar réguas, porque o sofrimento é muito pessoal e isso tem muito a ver com a personalidade da pessoa, como que ela vive aquela perda, mudanças na vida que tragam dificuldades, uma separação, um divórcio, a perda de um trabalho, a perda de um sonho, de expectativas, tudo isso são efeitos que podem mudar a vida da pessoa a ponto de ela começar a pensar a tirar a vida", salientou.
NEM TUDO É DEPRESSÃO
Tábata Veloso explicou ainda que nem toda situação que envolva suicídio tem a ver com a pessoa estar com depressão. Segundo ela, nem todas as pessoas que desenvolvem a depressão vão tentar tirar suas vidas. "As pessoas acreditam que a pessoa que está ali isolada no quarto, no escuro, sem querer se levantar pode começar a pensar em planejar em suicídio, mas não", declarou.
Para ela, a preocupação maior é quando a pessoa começa a por exemplo, tomar algum medicamento nessa fase, comece a ter energia para sair do quarto e fazer qualquer atividade. "Isso vem à tona quando ela começa a melhorar, quando ela começa o tratamento, quando está tomando medicação e é isso que confunde muito a cabeça de quem está em volta", explicou.
Ela explicou ainda que a doença mental não é o grande vilão e rotular a questão não vai ajudar e nem resolver o problema. Os traços de personalidade de cada pessoa, aliado ao contexto em que ela vive, a família, a criação e o histórico da pessoa, tudo isso conta.
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