
A 23ª Brigada de Infantaria de Selva do Exército Brasileiro realizou, nesta semana, uma simulação tática com tropas de cinco diferentes municípios da Amazônia Oriental. A ação, denominada Exercício de Posto de Comando (EPC), faz parte da Certificação da Força de Prontidão (FORPRON), que tem como objetivo aprimorar o planejamento e o controle de operações militares em ambiente de selva. A ação, que é supervisionada pelo Comando de Operações Terrestres (COTER), é um marco estratégico na preparação para grandes eventos, como a Conferência do Clima (COP 30), que será sediada em Belém, em novembro deste ano.
A simulação contou com a participação de unidades das cidades de Marabá, Altamira, Tucuruí e Redenção, no Pará, e Imperatriz, no Maranhão, que compõem o Comando da Brigada. Durante o exercício, foram montados postos de comando táticos e utilizados sistemas digitais de simulação para criar cenários próximos da realidade, nos quais foram testadas ações de defesa, apoio logístico e resposta a situações de emergência.
A fase em andamento é a “Construtiva”, caracterizada por exercícios de simulação assistida por computador e cenários fictícios, mas com planejamento e execução real por parte do Estado-Maior da Brigada. Entre os pontos mais relevantes da operação está o uso de Comandos de Posto Avançado de forma descentralizada, inclusive com instalações flutuantes e enterradas na floresta, como forma de testar a adaptação da tropa a diferentes ambientes de atuação.
De acordo com o General Veiga, da 23ª Brigada de Infantaria de Selva em Marabá, o treinamento fortalece a integração entre os batalhões e a capacidade de tomada de decisão em situações complexas. “Ele tem como missão o nosso constante preparo para a defesa da pátria. Obviamente que o estudo de situações que os comandantes tem que fazer numa situação de emprego, ele é sempre segue uma doutrina. Então, aqui também, obviamente, eles estão fazendo algo que eles também poderão utilizar agora na segurança e a proteção do evento da COP 30.”, explicou.
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O comandante também destacou que a simulação é fundamental para avaliar a mobilidade das tropas, o emprego de recursos tecnológicos e a eficácia das comunicações entre as diferentes unidades. “Trata-se de um ambiente operacional desafiador, que exige preparação constante. A Amazônia tem características únicas e precisamos estar prontos para atuar com precisão, rapidez e inteligência”, afirmou.
A 23ª Brigada de Infantaria de Selva tem um papel estratégico na proteção da região amazônica, com responsabilidade sobre uma área que representa cerca de 12% do território brasileiro. A unidade faz parte do Comando Militar do Norte e é referência em operações na selva, com destaque para ações de proteção de fronteiras, combate a ilícitos ambientais e apoio à defesa civil.

Os militares desenvolvem atividades de treino que vão desde ações de comando e controle até estratégias de logística, inteligência e mobilização. A coordenação é feita a partir de postos de comando temporários e centros de operações móveis, garantindo maior versatilidade no deslocamento e tomada de decisões, mesmo em áreas de difícil acesso.
A Certificação FORPRON é uma exigência do Exército para validar o preparo das unidades subordinadas a uma força de prontidão. No caso da 23ª Brigada, unidade sediada em Marabá (PA), o exercício reafirma sua posição estratégica na defesa da Amazônia Oriental, além de contribuir diretamente para o planejamento de segurança da COP 30.
A ação ocorre em um momento de intensificação da atuação militar na região, tanto para fins de defesa territorial quanto de apoio a operações interagências, como combate ao desmatamento, ações humanitárias e controle de fronteiras. O resultado do exercício será avaliado por uma equipe do COTER, responsável por verificar a eficiência dos sistemas de comando e a coesão da tropa em situações críticas.
Com foco na integração entre modernização tecnológica, mobilidade e adaptação ao terreno amazônico, o Exército reforça seu compromisso com a soberania nacional e a proteção da floresta diante de desafios globais crescentes.
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