Os moradores de Marabá, que enfrentam a falta de água há pelo menos três dias, devem ter o serviço restabelecido de forma total até o fim desta quarta-feira (31), véspera de Ano Novo. Em entrevista à Rádio Clube de Marabá, o diretor-presidente da concessionária Águas do Pará, André Facó, detalhou os problemas técnicos que paralisaram o sistema e as metas da empresa para o próximo ano.
De acordo com Facó, a crise começou no dia 28 com falhas na captação de água bruta do rio, problema que se agravou severamente na última terça-feira (30), quando uma das principais bombas de captação quebrou. A pane forçou a paralisação completa da maior Estação de Tratamento de Água (ETA) da cidade, que produz cerca de 1,8 milhão de litros por hora.
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Retomada gradativa
Desde as 6h desta manhã, a concessionária conseguiu retomar 50% da capacidade de produção, iniciando o bombeamento para o núcleo Cidade Nova. A previsão é que o núcleo Nova Marabá comece a receber água no decorrer do dia.
O diretor ressaltou que a normalização não é instantânea. "Diferente da energia elétrica, a água precisa de tempo para saturar o sistema e ganhar pressão até chegar aos pontos mais distantes e elevados", explicou Facó. Para amenizar o transtorno durante a virada de ano, a empresa disponibilizou caminhões-pipa para atender as comunidades mais afetadas.
Fim do rodízio em 2026
Um dos pontos centrais da entrevista foi o plano de investimentos para os próximos meses. Atualmente, Marabá opera sob um sistema de fornecimento programado (rodízio), onde os bairros recebem água em horários específicos.

André Facó assumiu o compromisso de que, ao longo de 2026, os investimentos em engenharia e infraestrutura permitirão o fim dessa prática. "Nosso planejamento prevê que a população tenha fornecimento contínuo e com qualidade de água potável, sem a necessidade desses rodízios. Teremos equipamentos reservas para garantir que, se um quebrar, o outro assuma imediatamente", afirmou.
Transparência e Concessão
A Águas do Pará assumiu a operação do sistema em 8 de dezembro, sob um contrato de concessão de 40 anos. A empresa destacou que está utilizando logística aérea para agilizar a chegada de peças de reposição e equipes de reforço.
"Sabemos que é um sistema que precisa de investimentos pesados e gradativos. Nosso compromisso é com a transparência e com a melhoria diária da prestação do serviço", concluiu o diretor, garantindo que o esforço máximo está sendo feito para que a população tenha água nas celebrações de Réveillon.
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