Na madrugada desta segunda-feira (20), cerca de mil famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ocuparam duas fazendas, sendo elas, “Santa Maria” e "Três Marias”, ambas, localizadas em Parauapebas, sudeste paraense.
Membros do MST divulgaram uma nota nas redes sociais e informaram que “o complexo de fazendas é um latifúndio improdutivo, são terras griladas”.
O MST afirma que a ocupação das duas fazendas em Parauapebas faz parte da Jornada de Lutas Terra e Liberdade, organizado pelo movimento no Estado do Pará e que marca o Dia da Consciência Negra. “Rememoramos o legado de lutadores e lutadoras negras que nos inspiram na construção de um país livre da violência, da opressão e com garantia de direitos. São inúmeras famílias sem-terra que reivindicam o direito ao acesso à terra, que historicamente tem sido negado à população pobre e negra no Brasil. É preciso avançarmos nas lutas em defesa da terra para produção de alimentos saudáveis e garantir a floresta e o povo vivo. O Estado do Pará tem um alto índice de concentração fundiária, grilagem de terras e aparece nas estatísticas entre os estados campeão em assassinatos de lideranças e defensores de direitos humanos. O MST e as famílias reivindicam aos governos Federal e Estadual que seja feita de imediato a vistoria na terra, e comprovada que a mesma é terra pública, seja destinada para Reforma Agrária”, finaliza a nota assinada pelo MST.
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Siproduz se manifesta
Através de um vídeo gravado nas proximidades da ocupação liderada pelo MST, Graziely Ribeiro, atual presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Parauapebas (Siproduz) afirmou que não vai aceitar nenhum tipo de invasão de propriedades no município. “Vamos dar apoio aos nossos produtores rurais”, disse ela.
Clima tenso
Membros do MST, fazendeiros e autoridades policiais, lideradas pelo titular da Delegacia de Conflitos Agrários, Delegado Antônio Mororó estão próximos um dos outros nas áreas entre as duas fazendas em Parauapebas e o clima é tenso.
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