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Países gostaram e pedem 'aula' do BC para implementar o Pix

Criado pelo Banco Central ainda em meados dos anos 2016 e implementado há cerca de um ano, Pix virou febre entre os brasileiros e agora, chama a atenção de países da América Latina

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Imagem ilustrativa da notícia Países gostaram e pedem 'aula' do BC para implementar o Pix camera Estados Unidos, Colômbia e Canadá já estudam mecanismos parecidos com o Pix em seus países | Reprodução

Não há dúvidas de que o Pix se tornou parte da rotina do brasileiro. O meio de pagamentos e transferências instantâneas virou febre no Brasil, possibilitando as transações bancárias ágeis, entre bancos diferentes, utilizando a tecnologia, e fazendo com que até vendedores de balinhas e de água mineral utilizem o meio para aceitar pagamentos.

Agora, o Pix está começando a chamar a atenção do mercado financeiro internacional. Colômbia, Canadá e Estados Unidos gostaram do mecanismo brasileiro e já estão pedindo aulas do Banco Central para implementar um sistema parecido em seus países.

O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) inicia neste mês os testes do seu sistema de pagamentos instantâneos, o FedNow. Espécie de versão americana do Pix, ele promete revolucionar a forma como se envia e recebe dinheiro na maior economia do mundo.

Enquanto isso, no Brasil, o Pix “original” – que começou a ser gestado ainda no governo do ex-presidente Michel Temer, como parte de uma agenda para aprimorar as ferramentas do BC – está próximo de bater a marca recorde de R$ 1 trilhão em transações realizadas em um único mês, e caminha para replicar sua experiência em outros países, como Colômbia e Canadá.

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A expectativa do Fed é de lançar o sistema entre maio e julho de 2023. Nesta sua reta final de desenvolvimento, o projeto-piloto do FedNow vai iniciar a fase de testes técnicos, com a participação de mais de 120 instituições. Em paralelo, o Fed já começa a envolver outras instituições interessadas na nova solução, mas que ficaram de fora do projeto-piloto.

A promessa do BC americano é de que o FedNow esteja disponível a instituições financeiras de todos os tamanhos nos EUA. E, assim, conecte empresas e famílias americanas, facilitando os pagamentos em uma economia onde o cheque – que no Brasil praticamente desapareceu do dia a dia – ainda é presença frequente. “Juntamente com os nossos parceiros, estaremos prontos para lançar o FedNow entre maio e julho de 2023”, afirmou a vicepresidente do Fed, Lael Brainard, em evento recente sobre pagamentos instantâneos.

Segundo ela, o FedNow deve transformar a forma como os pagamentos são feitos na maior economia do mundo, propiciando “ganhos substanciais” para famílias e empresas por meio de transferências de dinheiro instantâneas. Tal como o Pix, a nova ferramenta vai funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana.

“A disponibilidade imediata de dinheiro pode ser especialmente importante para famílias que administram suas finanças de salário em salário ou pequenas empresas com restrições de fluxo de caixa”, disse Lael.

Segundo o presidente do BC, Roberto Campos Neto, os primeiros passos internacionais do Pix podem ocorrer dentro da América Latina. A Colômbia já demonstrou interesse em replicar a experiência brasileira.

“Estamos fazendo uma parte internacional do Pix. Eu tenho conversado bastante com o banqueiro central da Colômbia (Leonardo Villar). Ele me diz que querem fazer igual”, afirmou ele, em evento no mês passado, mencionando ainda o interesse do Canadá.

Para Campos Neto, a atração de outros países se dá pelo baixo custo: “O Pix é muito barato, custou R$ 5 milhões para o Banco Central”.

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