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SUMIÇO DE PIZZA

Instrutor bate com ripa nas nádegas de policiais femininas 

Policial que participava de curso tático feminino diz que ela e outras alunas policiais foram vítimas do 'castigo', por conta do sumiço de uma fatia de pizza

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Imagem ilustrativa da notícia Instrutor bate com ripa nas nádegas de policiais femininas  camera Vítima divulgou nas redes sociais os hematomas que ficaram após o fato | Reprodução

Uma policial civil denunciou ter sido agredida, com pauladas, por um dos instrutores de curso voltado a agentes femininas, realizado em Maracanaú, no Ceará. Em publicação das redes sociais, ela mostrou hematomas nas nádegas.

As informações são do portal Diário do Nordeste. A vítima tem 53 anos e é investigadora da Polícia Civil do Maranhão (PC-MA), enquanto o agressor seria um policial militar de Tocantins.

Após as agressões, a vítima pediu para deixar a 3ª edição do Curso Tático Policial Feminino (Ctap). Mesmo diante dos pedidos da organização para que retornasse ao curso, ela se recusou por medo.

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“Essa sou eu, vítima de um macho escroto que se diz instrutor de curso. Um cabo da Polícia Militar de Tocantins, que, mesmo depois do ocorrido, está sendo ovacionado pela sua instituição e por todos que participaram do curso”, disse em texto que acompanha as fotos das agressões.

Segundo a mulher, a situação ocorreu em 8 de junho, quando o homem a teria chamado de “velha” durante as agressões com um pedaço de madeira. A policial registrou boletim de ocorrência antes de retornar ao Maranhão.

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará informou ao Diário do Nordeste que abriu inquérito para apurar o caso e que afastou o militar das aulas. O Metrópoles procurou a pasta, mas não houve retorno.

SUMIÇO DE PIZZA

Segundo a mulher, ela sofreu violência com uma ripa de madeira durante um curso tático e está fazendo tratamento psicológico para lidar com o trauma. Na denúncia, a vítima relata que ela e outras 21 mulheres teriam sido agredidas. A mulher aponta que o motivo da violência foi o sumiço de uma fatia de pizza.

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“A agressão dói na hora, mas o que fica é a dor psicológica. Dói e te move a fazer o que estou fazendo. Não tem sido fácil. Eu saí do curso, mas o curso não saiu de mim até hoje. Estou em tratamento (terapêutico)”, conta.

“Estava em outra parte quando vi aquele cara louco falando coisas como ‘roubaram minha pizza’, ‘são loucas’. Ele colocou todo mundo em posição de flexão e desceu a paulada em todas, na bunda. Tinha 22 (mulheres) comigo”, disse a vítima.

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O curso de quatro semanas foi promovido pela Secretaria da Segurança do Ceará para treinamento de mulheres militares de Pernambuco, Maranhão, Paraná, Rio Grande do Norte e Piauí. A proposta era um treinamento de defesa pessoal, técnicas operacionais policiais, salvamento, entre outros procedimentos. As aulas foram ministradas por policiais militares de Tocantins.

Ainda de acordo com a denunciante, um segundo momento de agressão ocorreu quando o PM pediu que as policiais se retirassem do local. Como parte das agentes estavam com marcas devido ao treinamento, o retorno à sala de instrução não foi feito com rapidez, o que teria estressado o professor. (Laura Braga, do Metrópoles, parceiro do DOL Carajás)

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