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Cuscuz e tapioca contribuem para aumento do Diabetes, veja!

Endocrinologista e Diabetologista explica que o amido de milho, presente nas farinhas processadas para fazer cuscuz e na goma de tapioca, também se transformam em açúcar dentro do corpo

Imagem ilustrativa da notícia Cuscuz e tapioca contribuem para aumento do Diabetes, veja! camera O cuscuz e a tapioca fazem parte da rotina e da vida dos brasileiros, mas esses alimentos também contribuem para o Diabetes, segundo endocrinologista Wild Cavalcante | Reprodução

O diabetes atinge 10,2% da população brasileira, conforme dados da pesquisa Vigitel Brasil 2023 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico). Índice representa aumento com relação a 2021, quando era 9,1%. O último inquérito Vigitel mostra também que o diagnóstico é mais frequente entre as mulheres (11,1%), do que entre os homens (9,1%).

De acordo com o Dr. Wild Cavalcante, Endocrinologista Diabetologista que atua em Marabá, a doença mata um indivíduo a cada 5 segundos no mundo (Diabetes tipo 2), e está relacionado ao nosso estilo de vida atual e hábitos alimentares. “Onde vivemos em um espaço, um ambiente ‘diabetogênico’, um estilo de vida mais sedentário, sem exercício físico, com um ritmo de sono ruim e principalmente uma alimentação que é rica em alimentos processados ricos em açúcares”, declarou.

A união de todos esses fatores predispõe o cidadão a desenvolver o diabetes, como explicou o Dr. Wild Cavalcante. Ele participou de entrevista sobre o assunto, na tarde desta quinta-feira (23) no programa Se Ligue na Clube com Nonato Dourado, pela Rádio Clube FM 100,7 Mhz em Marabá.

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Mas o que mais chamou a atenção foi a declaração sobre o que tem contribuído para o aumento no número de diabetes entre os brasileiros. O amido de milho processado (feito em fábricas), presente na farinha de milho (flocão e flocos) para fazer cuscuz e a goma, para fazer tapioca, tapioquinha e bejú, se transformam em açúcar dentro do corpo humano, mais do que imaginamos.

Dr. Wild Cavalcante, Endocrinologista Diabetologista que atua em Marabá participou de entrevista com o comunicador Nonato Dourado
📷 Dr. Wild Cavalcante, Endocrinologista Diabetologista que atua em Marabá participou de entrevista com o comunicador Nonato Dourado |José Neto/RBATV

Segundo Dr. Wild Cavalcante, o problema não está em consumir esses alimentos, mas sim a falta de exercícios e de atividades físicas que contribuem para que os açúcares, presentes nesses alimentos, que causam o Diabetes. “O pâncreas fica sobrecarregado, e desiste de fabricar a insulina no corpo, fica saturado, então o corpo começa a criar gordura, e com isso começam a aparecer as doenças”, explicou.

“Nos tempos de nossos avôs, bisavós, eles comiam, mas iam para a roça, capinar, roçar, ou seja, faziam exercícios, e todo aquele açúcar iam para os músculos, gerar energia para os músculos”, disse. “Mas hoje em dia a gente come tudo isso, e vai se deitar, vai ver Netflix, não faz nada, aí é prejudicial”, enfatizou.

Além disso, o stress do dia a dia, aliado a outros fatores da vida moderna, fazem com que o corpo aumente cada vez mais o Diabetes. "Por isso é importante deixar a vida sedentária, fazer exercícios, caminhadas, gastar energia", explicou.

Por isso, Dr. Wild Cavalcante orientou aumentar a porção de proteínas no prato e reduzir itens como arroz, macarrão, e outros que também se transformam em açúcar no corpo. Ele inclusive orientou que em vez de tapioca, o cidadão comece a fazer a crepioca. A crepioca é a mistura entre o crepe e a tapioca. Portanto, é feita com a fécula da mandioca, assim como a tapioca, mas também conta com a adição de ovo, o que resulta em uma massa mais espessa.

DIABETES

O Diabetes Mellitus (DM) é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade e/ou falta de insulina exercer adequadamente seus efeitos, caracterizando altas taxa de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente. A insulina é produzida pelo pâncreas, sendo responsável pela manutenção do metabolismo (quebra da glicose) para permitir que tenhamos energia para manter o organismo em funcionamento.

A pesquisa Vigitel Brasil 2023 identificou ainda que o diagnóstico de diabetes na população adulta residente nas capitais brasileiras aumenta, conforme o avanço da idade dos entrevistados, e com o nível de escolaridade. Entre quem têm mais de 65 anos, 30,3% têm diabetes. E quando considerados os anos de estudo, aqueles com a menor escolaridade (entre 0 a 8 anos), apresentam o maior percentual de diabetes (19,4%).

“Nos tempos de nossos avôs, bisavós, eles comiam, mas iam para a roça, capinar, roçar, ou seja, faziam exercícios, e todo aquele açúcar iam para os músculos, gerar energia para os músculos” - Dr. Wild Cavalcante, Endocrinologista Diabetologista
📷 “Nos tempos de nossos avôs, bisavós, eles comiam, mas iam para a roça, capinar, roçar, ou seja, faziam exercícios, e todo aquele açúcar iam para os músculos, gerar energia para os músculos” - Dr. Wild Cavalcante, Endocrinologista Diabetologista |José Neto/RBATV

O Brasil é o quinto país em incidência de diabetes no mundo, com 16,8 milhões de doentes adultos (20 a 79 anos), ficando atrás apenas ea China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. Porém. a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) estima que o Brasil possa subir para quarta posição neste ranking.

No país, cerca de 90% dos diabéticos brasileiros são do tipo 2, quando o corpo desenvolve resistência aos efeitos da insulina e pode ter causas hereditárias ou ligadas a hábitos de vida. A Sociedade Brasileira de Diabetes estima que mais de 46% da população não sabem que têm a doença.

DIA MUNDIAL DO DIABETES

Em todo o planeta, o diabetes afeta cerca de 537 milhões de pessoas. Para chamar a atenção de toda a população e de profissionais de saúde sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do controle adequado da doença, a Organização Mundial de Saúde (OMS) celebrou o Dia Mundial do Diabetes neste 14 de novembro. A data homenageia o aniversário do cientista Frederick Banting que, junto com Charles Best, descobriu a insulina como um tratamento para diabetes, em 1921.

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