Um valor ainda nunca imaginável pelo homem ou pela economia mundial está sendo cobrado para a empresa de tecnologia Google. E quem está emitindo esse super boleto é a Rússia. O país está multando, em uma quantia imensurável, uma das maiores empresas de tecnologia do mundo.
Supostamente, o Google deve ao Kremlin mais de 2 undecilhões de rublos – um 2 seguido de 36 zeros – depois de recusar a pagar multas pelo bloqueio de canais pró-Rússia no YouTube.
A penalidade soma US$ 20 decilhões – ou cerca de 20 bilhões de trilhões de trilhões de dólares. Essa quantia passa o tamanho da economia global.
O PIB mundial, que chega a US$ 110 trilhões (R$ 635 trilhões), de acordo com números do Fundo Monetário Internacional, parece modesto em comparação. Enquanto isso, a Alphabet, controladora do Google, tem um valor de mercado de cerca de US$ 2 trilhões.
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A agência estatal de notícias russa TASS, informou, nesta semana, que um tribunal russo teria ordenado, anteriormente, que a empresa de tecnologia restaurasse os canais do YouTube. Caso o requerimento não fosse cumprido, seriam feitas acusações crescentes, com penalidades dobrando a cada semana.
Durante uma ligação com reporteres, na quinta-feira (31), o porta-voz Kremlin, Dmitry Peskov, foi questionado sobre o processo e admitiu que “não consegue nem pronunciar esse valor corretamente”, mas disse que a quantia tem um “grande simbolismo”.
“(O Google) não deveria restringir as ações de nossas emissoras em sua plataforma”, acrescentou.
Em relátorio dos lucros trimestrais, publicado esta semana, a empresa se referiu a “questões legais em andamento” relacionadas a negócios na Rússia.
“Julgamentos civis que incluem penalidades compostas foram impostos a nós em relação a disputas a respeito do encerramento de contas, incluindo aquelas de partes sancionadas”, disse o Google. “Não acreditamos que essas questões legais em andamento terão um efeito desfavorável material (nos lucros).”
Após a invasão da Ucrânia pela Rússia, o Google reduziu as operações no país, mas não chegou a encerrá-las completamente, em contraste com várias outras empresas de tecnologia americanas. Muitos de seus serviços, incluindo Search e YouTube, continuam disponíveis no país.
Meses após a invasão, sua subsidiária russa entrou com pedido de falência e interrompeu a maioria de suas operações comerciais depois que o governo assumiu o controle de suas contas bancárias.