O ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou nesta segunda-feira (23/12) que o governo federal irá investir entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões na reconstrução da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que desabou no último domingo (22). A ponte, que conecta os estados do Maranhão e Tocantins, foi destruída após o colapso da estrutura, causando a morte de duas pessoas e deixando 16 desaparecidos.
Durante visita ao local do acidente, Renan Filho esteve acompanhado pelos governadores Carlos Brandão, do Maranhão, e Wanderley Barbosa, de Tocantins, além do diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Fabrício Galvão.
Em coletiva à imprensa, o ministro informou que será expedido um decreto emergencial para acelerar a reconstrução da ponte, que deverá ser entregue em 2025. "Temos todas as condições técnicas para reconstrução e também os recursos financeiros necessários", destacou Renan Filho.
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A tragédia ocorreu na BR-226, sobre o Rio Tocantins, entre as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), enquanto dois caminhões atravessavam a ponte. Um dos veículos transportava ácido sulfúrico e o outro, defensivo agrícola. A Polícia Militar do Tocantins confirmou que as vítimas fatais eram uma mulher de 25 anos e um homem de 42 anos.
Impactos ambientais e riscos à fauna e flora local
O colapso da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira gerou impactos ambientais significativos, especialmente devido ao derramamento de substâncias tóxicas no rio Tocantins. Produtos químicos perigosos, como o ácido sulfúrico, que estavam sendo transportados por caminhões que caíram no rio, representam uma ameaça imediata à fauna aquática e à qualidade da água.
A contaminação pode afetar peixes e outras espécies que habitam o rio, prejudicando a biodiversidade local. Agentes do IBAMA e do Instituto Chico Mendes estão na região realizando a avaliação dos danos ambientais, incluindo a possível morte de fauna aquática e a contaminação das águas, o que compromete o ecossistema da região.
Áreas atingidas e medidas de proteção
Atendendo à convocação da Defesa Civil de Marabá e do Corpo de Bombeiros do Estado do Pará, o Grupo Água Norte iniciou coletas de água em diversos pontos do Rio Tocantins para análise laboratorial. O monitoramento visa avaliar a qualidade da água após o acidente ocorrido na divisa entre o Tocantins e o Maranhão, onde caminhões com ácido sulfúrico e agrotóxicos caíram no rio, comprometendo sua pureza nesse ponto crítico.
O objetivo do monitoramento é fornecer respostas claras e imediatas para as cidades rio abaixo, como Aguiarnópolis, Estreito e Imperatriz, que estão sendo impactadas pela possível contaminação.
A situação levou à suspensão temporária do abastecimento de água em várias dessas localidades, com o fornecimento sendo feito por caminhões-pipa. As autoridades locais alertam a população a evitar qualquer contato com as águas do trecho afetado, a fim de prevenir problemas de saúde pública.
Além das medidas emergenciais, o governo federal anunciou a abertura de uma sindicância para apurar as causas do desabamento da ponte, que é crucial para a infraestrutura dos dois estados. O compromisso com a reconstrução da ponte foi reforçado, com recursos destinados para a recuperação da estrutura. (Texto colaborativo com James Oliveira e Michel Garcia).
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