
Marco Antônio Bocker Jacob, 61 anos, acusado de sequestrar e estuprar uma menina de nove anos em Tramandaí (RS), foi linchado por moradores na quarta-feira (26/2). O caso, que chocou o Litoral Norte gaúcho, expôs os detalhes de um crime classificado pela polícia como "extremamente violento e premeditado".
O sequestro e o cativeiro
A criança desapareceu na terça-feira (25/2), após ser abordada por Jacob, que, segundo testemunhas, costumava oferecer doces a menores próximos à sua loja de conveniência. A vítima foi mantida por horas em um fosso de 50 cm de largura e 1 metro de profundidade, escondido sob caixas de cerveja e coberto por uma tampa de concreto nos fundos do estabelecimento.
Quando resgatada pela polícia na manhã de quarta-feira (26/2), a menina estava com as mãos amarradas e apresentava sinais de violência física e sexual.
Histórico criminal do acusado
Jacob tinha uma ficha criminal extensa, com condenações e processos por:
- Feminicídio;
- Tráfico de drogas;
- Furto de veículos;
- Crueldade contra animais;
- Lesão corporal.
Testemunhas relataram à polícia que o homem mantinha comportamento suspeito há anos, incluindo aproximação insistente de crianças. "Ele sempre tentava ganhar a confiança dos menores com guloseimas", afirmou um comerciante da região à investigação.
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A descoberta e a reação da comunidade
A família da criança iniciou buscas intensas assim que notou o desaparecimento, mobilizando redes sociais e contratando um carro de som. A pressão popular acelerou as investigações, que localizaram a vítima no cativeiro improvisado. Horas depois, durante a ação policial para prender Jacob, cerca de 40 moradores invadiram o local, espancaram o suspeito até a morte e destruíram seu comércio e veículo.
Implicações legais
Enquanto a Polícia Civil investiga possíveis cúmplices no sequestro (o caso tem prazo de 30 dias para conclusão), os participantes do linchamento poderão responder por homicídio qualificado. Autoridades reforçaram que, embora o crime seja "revoltante", a justiça deve ser exercida por meios legais.
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