Desde o início da crise política e econômica na Venezuela, cerca de 5,4 milhões de cidadãos deixaram o país. Segundo o dado mais recente da R4V, plataforma que reúne organizações da sociedade civil e da ONU para imigração, há 261.441 refugiados e migrantes venezuelanos no Brasil.
Muitos destes vieram para diversas cidades paraenses, vindos por Manaus e pelo rio Amazonas e desembarcando em cidades como Redenção, Parauapebas e Marabá. A vinda para o Brasil é para fugir dos problemas do desemprego e da fome.
Um destes, Daniel Alberto Gomez, de 35 anos, veio para Marabá atrás de uma vida melhor. Mas infelizmente o que ele encontrou foi a morte. Ele foi executado com diversos disparos de arma de fogo, no início da madrugada desta quarta-feira (2), na Rua Guilherme Bessa, Bairro Cidade Nova, em Marabá, sudeste paraense. Ele já estava em Marabá há mais ou menos uns dois anos.
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De acordo com a Polícia Militar, uma guarnição, ao chegar ao local indicado, encontrou o corpo de Daniel Gomez jogado ao chão. De imediato, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, porém a vítima já se encontrava morta.
Daniel foi morto com tiros na região abdominal e cabeça. O Instituto Médico Legal (IML) esteve no local do crime e removeu o corpo para realização de exames cadavéricos. A autoria e motivação do homicídio não foram identificadas. A Polícia Civil vai investigar o caso.
De acordo com vizinhos ouvidos pela reportagem, Daniel era uma pessoa calma, trabalhava como cabeleireiro em uma barbearia local. Entretanto, tinha problemas sérios com vício de alcoolismo e suspeita-se que até mesmo com drogas mas não se sabia se ele tinha inimigos.
"Ele gostava de se gabar que falava vários idiomas, falava inglês, espanhol, e até mesmo línguas da região da Arábia", disse um dos vizinhos que não quis se identificar. "Ele disse que tinha deixado uma filha e que era separado", contou. "Ele nos dizia que era advogado na Venezuela, mas não sabemos se era verdade", disse.
"Ele gostava muito de Marabá, disse que sofreu muito com os problemas na Venezuela e que não se sentiu acolhido quando chegou em Manaus, aí disseram pra ele vir para Marabá e disse que aqui encontrou o paraíso", descreveu o vizinho. (Com informações de Debate Carajás)
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