Um adolescente de 16 anos foi detido e apontado como o principal suspeito de ter estuprado e matado a menina Suzana Rocha Silva, de 11 anos. O menor foi conduzido à Delegacia de Plantão e confessou o crime. Segundo o pai da vítima, Gilliard Pereira da Silva, o jovem teria sorrido ao prestar depoimento e admitir o homicídio.
“Sabe quando a pessoa confirma sem remorso nenhum? No depoimento dele, ele estava rindo e sorria quando falava que estuprou e matou a minha filha, na maior crueldade”, disse Pereira.
“A gente descobriu que ela tinha um namoradinho e que esse menino gostava dela, mas ela não queria ele. Por esse motivo, ele a matou. Deu uma paulada na cabeça dela, enforcou e estuprou”.
O caso ocorreu no último domingo, em Cachoeira de Pajeú, a cerca de 700 km de Belo Horizonte. Nas redes sociais, Suzana foi dada como desaparecida no sábado, após ter saído de casa para ir à igreja. Ainda de acordo com o pai da menina, havia um casamento comunitário na cidade e todos tinham se mobilizado para ir ao local. Mas, no meio do caminho, o adolescente cometeu o crime.
“Até o prefeito estava lá (no casamento) ajudando. A cidade se mobilizou para ir à igreja e, no meio do caminho, ele fez isso. Mas, antes, ele já tinha feito várias ameaças a ela pelo telefone. Disse que ia espalhar fotos e a matar se ela não ficasse com ele”, contou Pereira.
Em nota, a Polícia Civil informou que os celulares do menino e da vítima foram apreendidos, bem como o veículo utilizado no crime.
'Só vi o corpinho dela no chão'
O pai de Suzana trabalhava a 220 km de distância da menina, mas conta que fazia planos de "organizar as coisas" para que ela morasse com ele — o que, afirmou, era uma vontade da jovem. Apesar disso, ele conta que, por morar em uma cidade pequena, todos se conheciam na região. O adolescente teria, inclusive, ido à casa do irmão de Pereira dias antes de cometer o crime.
“Eu só ia para a cidade dela nos fins de semana. Estava indo em direção à cidade para que ela fosse morar comigo. Surgiram problemas no caminho, não deu para chegar a tempo e aconteceu isso”, explicou Pereira, que ainda precisou reconhecer o corpo da menina. — Eu fui à cena do crime ver a minha filha e não a toquei. Só vi o corpinho dela no chão.
Quando a família da jovem ainda a procurava, eles chegaram a ir à casa do adolescente para perguntar se ele sabia o que havia acontecido com ela. Segundo o pai dela, o jovem "jurou" que não tinha conhecimento do paradeiro de Suzana. De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais, o suspeito também teria negado o envolvimento com o crime, mas depois confessou a autoria do crime.
O corpo da menina foi encontrado com sinais de violência sexual e de esganadura. Já o jovem foi apreendido em flagrante por ato infracional análogo ao crime de homicídio e é investigado pela prática de estupro de vulnerável. O Ministério Público de Minas Gerais deu, na tarde de segunda-feira, um parecer favorável pela internação provisória do suspeito.
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— Isso é para outros pais tomarem cuidado com os filhos. Celular é uma coisa muito boa, mas isso atrapalha a vida da criança. Foi pelo celular que eles mantinham contato e isso tudo aconteceu. Por mais que a gente monitore, as mentes são muito maldosas. Na correria, não conseguimos ficar 24h vigiando a criança. — disse o pai da vítima.
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