Crimes passionais podem ter os mais variados motivos, e quando o ciúme exagerado resultante do fim de um relacionamento entra na situação, o resultado geralmente é tragédia.
Um brasileiro de 38 anos é acusado pelo Ministério Público de Portugal de matar a ex-companheira por ciúmes, em março deste ano. Leandro Cassimiro teria tomado duas cervejas depois de ligar para a polícia e contar que havia assassinado Lucília Brandão, de 53 anos. As informações são do Jornal de Notícias.
Na primeira sessão de julgamento pelo crime, nesta sexta-feira (16), o brasileiro chorou no tribunal e disse que “não queria matar” a ex-companheira. Segundo ele, Lucília o colocou para fora de casa em janeiro, alegando que já não gostava mais dele, depois de 12 anos juntos.
Feminicídio
Leandro Cassimiro não aceitou o fim do relacionamento e, no dia do crime, 11 de março, foi até a casa da ex com duas facas, com o objetivo de “conhecer o novo namorado” dela. O homicídio se deu na vila de Arcos de Valdevez.
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“Não fui lá de propósito para a matar. Na minha cabeça ainda estávamos juntos. Disseram-me que ele [o novo companheiro] estava cá. Queria conhecê-lo”, relatou o homem ao tribunal, ainda segundo o jornal.
Quando entrou no local com uma faca na mão, de acordo com o depoimento dele, Leandro Cassimiro encontrou Lucília Brandão de costas. Quando ela o viu, começou a pedir socorro, e os dois se envolveram em uma luta corporal. A vítima pegou a faca e deu golpes em uma mão no queixo e numa perna.
“Ela caiu ao chão e agarrei-lhe no pescoço com uma mão e apertei. Tentei reanimá-la. Tinha feito o curso [de primeiros socorros] em Espanha. Mas ela cuspiu sangue”, declarou ele no tribunal, chorando.
“Liguei para o 112 [polícia] a dizer que a tinha matado”, completou, acrescentando que, enquanto esperava o socorro, bebeu duas cervejas porque “estava muito suado”.
Leandro Cassimiro é acusado pelo Ministério Público de um crime de homicídio qualificado e um de posse de arma proibida. De acordo com o órgão, ele “desenvolveu sentimentos de desconfiança, ciúme e posse” por Lucília Brandão.
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