A mulher que foi torturada e morta em um motel pediu socorro por mensagem após se negar a fazer pedidos sexuais feitos por um suspeito, conforme print da conversa dela com outra pessoa horas antes de morrer.
Deyselene de Menezes Rocha, que era garota de programa, foi morta com 33 facadas, em um motel de Abadia de Goiás (GO), em 13 de outubro de 2022. O suspeito do crime, Leandro Alves da Costa, foi preso no último dia 6 de janeiro. Ele é acusado de tirar a vida de ao menos sete garotas em outros estados brasileiros e até fora do país.
Arthur Fleury, delegado responsável pelo caso, publicou, em nota, que a polícia tem conhecimento de mais três crimes do homem, todos muito parecidos. Um deles envolve uma garota de 15 anos, assassinada em Ciudad del Este, no Paraguai, no dia 3 de novembro, após negar a realização dos pedidos sexuais de Leandro durante um programa. A polícia do país confirmou o caso à equipe de investigação brasileira.
A partir dessas provas, Fleury trabalha com a hipótese de que o suspeito seja um assassino em série de profissionais do sexo.
“No intuito de localizar mais vítimas, já que a Polícia Civil está recebendo várias denúncias, duas informações são importantes: como ocorreu na tentativa de estupro e homicídio em 2014 (crimes pelos quais Leandro já respondia), o suspeito pediu para a vítima situações que a mesma se negou, como no print de conversa que Deyselene mandou pouco antes de morrer, e também exigir a prática de sexo sem preservativo, o que o levou a esfaquear as mesmas, torturar e matar, como foi no Brasil e Paraguai”, informou o delegado na publicação oficial.
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Morte de Deyselene
Com o andamento da investigação, Fleury teve acesso a novos detalhes do dia em que Deyselene foi morta, como o print de conversa mencionado. No registro, é possível ver trocas de mensagens de texto da garota de programa com uma colega.
Às 7h24 da manhã de 13 de outubro, Deyselene disse para a amiga que estava em um motel com Leandro, que acabara de pedir para ela praticar sexo anal nele.
“Socorro, eu nunca fiz isso”, disse em seguida. “Socorrooooo”, completou em outra mensagem.
A polícia constatou que, após negar a fantasia sexual do homem, a garota de programa foi torturada e assassinada a facadas. O corpo da vítima foi encontrado carbonizado no mesmo dia, em uma área rural da cidade. Ela também tinha um arame enrolado no pescoço.
Depois de deixar Deyselene no matagal, Leandro quebrou uma tornozeleira eletrônica que já o monitorava por outros casos de homicídio, estupro e porte ilegal de arma de fogo. Ele foi capturado em Foz do Iguaçu (PR) na última semana, enquanto arquitetava um plano de cruzar as fronteiras do Brasil e do Paraguai.
Além de Leandro, a justiça prendeu Wallace Alves Novais, suspeito de participar no crime, e procura uma outra mulher identificada apenas como Helen. Os dois estavam presentes no quarto no momento em que Deyselene foi assassinada.
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