Uma mulher e duas crianças, entre elas uma de 11 meses, foram encontradas mortas em um prédio no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O suspeito, Alexandre da Silva, de 49 anos, era marido da vítima. Ele foi agredido e amarrado por vizinhos ao voltar ao local do crime na manhã desta sexta-feira (17). O homem ficou detido no imóvel até a chegada dos policiais.
As vítimas são Andréa Cabral Pinheiro, de 27 anos, seu filho Matheus Alexander Cabral Pinheiro da Silva, de 11 meses, e a enteada Maria Eduarda Fernandes Affonso da Silva, de 12 anos. A mulher e a menina foram encontradas com marcas de tiros. Já o bebê foi asfixiado no berço. Não se sabe o motivo das mortes.
Segundo a polícia, o homem é réu por suspeita de matar a ex-noiva, em 2009. Alexander vai responder por triplo homicídio, feminicídio e a nova lei de violência doméstica contra criança e adolescente.
TRAGÉDIA FAMILIAR
Na quinta-feira (16), por volta de 12h, o irmão de Andrea decidiu ir ao condomínio atrás de informações, pois, segundo ele, a última vez que ela havia falado com a família tinha sido na noite de quarta-feira (15). A falta de contato causou estranheza no rapaz.
O irmão da vítima resolveu bater na porta e interfonar para o apartamento, porém, ele não obteve resposta às tentativas, fato que o fez buscar apoio no 42ª DP (Recreio). Ele voltou ao local do crime acompanhado de um chaveiro e alguns policiais, momento em que encontraram as vítimas sem vida.
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PRISÃO
Antes de o crime ser descoberto, o último registro de Alexander no condomínio tinha sido por volta das 8h da quinta-feira (16), quando saía de carro. Ele retornou ao local do crime na manhã desta sexta-feira (17), onde foi capturado por residentes que acionaram a polícia. Enquanto esperavam, o suspeito teria sido amarrado e agredido por moradores do local.
Ele foi encaminhado sob custódia para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, por causa dos ferimentos causados pela agressão. Ele foi atendido e teve alta médica pouco tempo depois. O suspeito chegou na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) por volta de 9h30.
O delegado do caso, Wilson Palermo, falou sobre o caso. "Ele até agora não disse nada, não deu detalhes. Vamos ouvir com mais calma agora, mas a perícia identificou o uso da melatonina, uma substância que tem como finalidade provocar sono, então isso foi fundamental para que ele cometesse o crime".
O delegado disse não ter dúvidas de que Alexander foi o autor do crime.
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