Sete anos após o brutal assassinato do tabelião e pecuarista Izaulino Pereira dos Santos, conhecido como "Júnior do Cartório", sua irmã, Silvana Santos, rompe o silêncio e clama por justiça.
Silvana expressou sua indignação com a impunidade que ainda cerca o caso, apesar das investigações da Polícia Civil de Redenção, no sul do Pará, terem identificado os autores e o mandante do crime.
O assassinato ocorreu em 24 de junho de 2017, quando Izaulino Pereira dos Santos, chefe do Cartório de Redenção, foi morto a tiros em sua fazenda no município de Santa Maria das Barreiras, distante cerca de 126 quilômetros de Redenção.
A polícia identificou Wesley Sodré da Silva e Joaquim Pereira de Souza como os pistoleiros responsáveis pela execução, ambos contratados para realizar o crime.
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As investigações apontaram que o assassinato foi encomendado por Divino Cardoso, um pecuarista que mantinha um litígio com a vítima sobre a posse de uma propriedade rural.
Silvana Santos denuncia que, apesar da prisão preventiva decretada contra os acusados, todos permanecem em liberdade, o que ela considera uma afronta à justiça. "É revoltante saber que, mesmo após tanto tempo, os responsáveis pela morte do meu irmão continuam livres, enquanto nossa família vive com a dor e a injustiça desse crime impune," declarou Silvana.
Segundo as investigações, o crime teria sido motivado pela escrituração de parte de um lote de terra pertencente ao filho de Divino Cardoso, conhecido como Dino Sane, que foi anexada à propriedade de Izaulino. Essa disputa gerou uma discórdia que culminou na morte do tabelião.
Wesley Sodré, apontado como um dos pistoleiros é descrito como um indivíduo frio, com um histórico de envolvimento em outros crimes de pistolagem na região do sul do Pará.
Ele possui dois mandados de prisão preventiva emitidos pela Justiça de Redenção por homicídios anteriores, mas até o momento, não foi capturado.
O mandante do crime, Divino Cardoso, chegou a ser preso um ano após o assassinato, mas foi posteriormente colocado em liberdade, o que intensificou o sentimento de impunidade entre os familiares da vítima.
De acordo com o depoimento de um caseiro que presenciou o crime, antes de ser executado, Júnior do Cartório foi obrigado a se ajoelhar, enquanto os assassinos explicavam o motivo de sua morte.
Silvana Santos continua a lutar por justiça, esperando que as autoridades finalmente tomem medidas para que os culpados sejam devidamente responsabilizados e que a memória de seu irmão possa ser honrada com a justiça que ele merece.
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