Muita gente considera decisivo o fator campo em jogos de definição de fases, turnos e títulos de competições. Há controvérsias. Algumas páginas gloriosas na história de PSC e Remo foram escritas com o inestimável apoio de suas torcidas. O estádio cheio, estilo caldeirão, costuma funcionar como suporte em determinadas circunstâncias, principalmente quando o time da casa é inferior tecnicamente e precisa de empurrão extra.

CRB-AL prega cautela para desafio contra o Paysandu na Curuzu

O PSC vive uma situação de equilíbrio técnico com o CRB, adversário de amanhã pela segunda fase da Copa do Brasil. O time alagoano passou por Belém, há duas semanas, enfrentando o Independente no estádio Evandro Almeida.

Acompanhei a partida, na jornada esportiva da Rádio Clube, e o sistema usado pelo técnico Marcelo Cabo (foto) se baseia na transição rápida da defesa ao ataque, pelos lados (com Erick) e pelo centro, com Rafael Longuine. O trabalho se complementa com a movimentação de Léo Gamalho, como pivô e atacante mais avançado, em toda a linha de ataque.

Hélio dos Anjos certamente sabe de tudo isso, acompanha de perto os times das Séries B e C. E deve ter vacina para conter a interessante dinâmica de jogo do CRB, que se fecha bem no meio-campo e tem uma defesa alta, liderada por Everton.

Como não creio em mudanças radicais no estilo de jogo do alvirrubro alagoano, é bem provável que utilize o mesmo expediente adotado com êxito contra o Independente. Explorou bem os erros de passe do adversário para se impor e tomar conta do jogo.

O ponto fraco mais evidente da equipe foi a queda de rendimento no segundo tempo, com o recuo excessivo dos homens de meio-campo e uma ausência de pegada ofensiva, notada a partir dos 15 minutos do 2º tempo.

Ao Papão, cuja equipe ainda não está oficialmente definida, cabe controlar as saídas e caprichar nos passes, a fim de não permitir que o visitante se sinta confortável. Nada que os manuais já não ensinem.

Técnico do CRB, Marcelo Cabo. Foto: Divulgação/ Ascom CRB

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