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COLUNA GERSON NOGUEIRA

O voo da Águia, PSC na busca do bi e violência nos estádios

Jornalista avalia o futebol paraense que chega a fase final com o clássico Paysandu e Tuna

Imagem ilustrativa da notícia O voo da Águia, PSC na busca do bi e violência nos estádios camera A rodada de ontem e o mestrado que avalia a violência no futebol em Belém | Reprodução

Com arrojo, determinação e atitude vencedora, a Tuna se classificou ontem à noite para decidir o título estadual da temporada. Foi um jogo disputado em altíssima voltagem. Depois da vantagem inicial do Remo, a igualdade foi arrancada pelos cruzmaltinos nos instantes derradeiros. Nos pênaltis (6 a 5), a estrela da Águia brilhou garantindo a passagem à grande final.

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Desde o começo, a Lusa procurou se impor ganhando a maioria das divididas e distribuindo-se em campo com gana e obstinação. O problema estava nos erros de passe, que comprometiam as investidas tunantes e permitiam aos azulinos uma superioridade momentânea, que se consolidou com o gol contra de Dedé aos 11 minutos do 1º tempo.

Uma rápida tabela entre Felipe Gedoz e Marlon confundiu a marcação. No cruzamento baixo, Dedé desviou para as próprias redes. Apesar das reclamações em relação ao lance, o esbarrão do zagueiro no árbitro no começo da jogada não configura irregularidade. A pressão da Tuna, porém, surtiu efeito. As marcações começaram a se inverter, refletindo a insegurança do apitador.

O Remo criou boas situações com Lucas Tocantins e Dioguinho, mas falhava na definição. A Tuna brigava pela bola e subia em bloco, sempre em velocidade. Quase chegou ao gol com um chute de Renan na trave. Depois, obrigou Vinícius a uma grande defesa em cabeceio de Artur.

Na virada para o 2º tempo, o jogo seguiu equilibrado, mas o Remo teve logo uma grande chance com Cariús, aos 6 minutos. Ele passou pela marcação e, diante do goleiro, bateu cruzado, facilitando a defesa.

Vibrante, mas com excesso de vigor por parte da jovem equipe tunante, a partida prosseguia com a Tuna buscando o empate. O Remo contribuiu bastante para isso. O técnico Paulo Bonamigo tirou Dioguinho, Lucas Tocantins e Cariús, lançando Erick Flores, Vinícius Kiss e Renan Gorne. Com isso, enfraqueceu o ataque e permitiu a pressão lusa.

Aos 38’, em cobrança de escanteio, Dedé subiu e tocou para o gol vazio, redimindo-se do gol contra. A zaga remista falhou e o goleiro Vinícius ficou pelo caminho, trombando no tunante Alexandre Pinho. Nos acréscimos, Gedoz bateu falta, Gabriel espalmou, Fredson aproveitou o rebote e o goleiro voltou a defender. Renan Oliveira ainda chutou para as redes, mas estava impedido.

Nos penais, Léo Rosa começou errando, mas a Tuna conseguiu fechar na frente, contando mais uma vez com excelente performance de Gabriel Bubniack, que pegou duas cobranças. O resultado, além de garantir a condição de finalista, dá à Tuna o direito de disputar novamente a Copa do Brasil 2022 – a última que disputou foi em 2008.

Muito além dos erros remistas – que não foram poucos, começando pelas substituições infelizes –, é preciso ressaltar os muitos méritos da Tuna, que cresceu nas últimas rodadas e foi obstinada nas semifinais contra o então favorito (e invicto) Remo. Classificação justa.

Papão supera Japiim e vai em busca do bi

Terminou sob forte emoção um jogo que foi fraco tecnicamente na maior parte do tempo. O empate em 1 a 1 nos 90 minutos, depois que Nicolas perdeu um pênalti, levou a disputa para a série de penalidades aumentando a angústia do torcedor. O Papão foi mais preciso na série extra e derrotou o Japiim por 4 a 2. O resultado, mesmo sofrido, garante a presença dos bicolores na decisão do Parazão 2021.

O primeiro tempo teve muito esforço e pouca inspiração, vários cruzamentos do PSC na área e muita cautela por parte do Castanhal. Com um trio de meio-campo formado por Denilson, Paulinho e Ratinho, o time de Itamar Schulle buscava o gol, embora criando pouco.

A coisa esquentou na etapa final. O Papão foi à frente e passou a pressionar com mais intensidade. Chegou ao gol após um vacilo de Cabecinha, que perdeu a bola na entrada da área para Ari Moura. O atacante dominou e disparou um chute certeiro, no canto esquerdo de Axel Lopes.

O Castanhal mexeu na equipe, colocou Fidélis aberto pela direita e Pecel na esquerda. Após uma sequência de bons ataques, o empate veio pelos pés de Fidélis, aos 15’, que aproveitou uma rebatida errada da zaga bicolor.

Denilson ainda foi expulso, o Japiim aumentou a pressão contra um PSC desarvorado e sem qualquer organização. Nos acréscimos, porém, um passe longo para Ari Moura terminou em pênalti, que Nicolas mandou no travessão. Nas penalidades, o Papão levou a melhor, marcando 4 a 2.

Mesmo com os problemas notados nos 30 minutos finais, quando cedeu espaço ao Castanhal e não teve qualidade na articulação de jogadas, o PSC exibiu um comportamento de time cascudo, que vai em busca de seus objetivos. Superou o trauma do penal perdido por Nicolas e mostrou força emocional para assegurar presença na decisão.

Tese de mestrado mapeia violência nos estádios de Belém

A advogada e desportista Vanessa Egla obteve ontem aprovação no mestrado de Segurança Pública, da UFPA, defendendo um tema muito atual: “Violências nos Estádios de Futebol em Belém do Pará, Brasil: insegurança e implicações para a mulher torcedora”. A pesquisa buscou construir um panorama nacional das mulheres torcedoras e identificar as principais violências sofridas pela mulher nos estádios de futebol.

Algumas constatações do trabalho de Vanessa: 40% da violência sofrida é de natureza sexual; 40% é moral; 15% é patrimonial e 5% é violência física. Além disso, 100 % dos agressores são homens e a totalidade das vítimas não registra Boletim de Ocorrência – 33% por achar que a denúncia não resultaria em nada.

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