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GERSON NOGUEIRA DESTACA

Volta de torcida a estádio gera riscos em Minas Gerais

Veja estes e outros destaques na coluna de Gerson Nogueira desta sexta.

Imagem ilustrativa da notícia Volta de torcida a estádio gera riscos em Minas Gerais camera Reprodução

A importância dos suplentes

O ritmo alucinante da Série B, com intervalo de três dias entre os jogos, afronta o bom senso e castiga elencos com extrema virulência. O calendário obriga os clubes a despesas crescentes, precisando manter em torno de 40 atletas para suportar a longa maratona da competição. Todos os times sofrem com essa realidade, o Remo não é exceção.

É preciso considerar, porém, que para os que acabaram de chegar à Segunda Divisão o impacto é maior. O Remo conseguiu o acesso no ano passado e tem que se desdobrar para garantir uma campanha digna, capaz de garantir a permanência.

Desde as primeiras rodadas, a perda de atletas por contusões e suspensões sobrecarrega o planejamento, afetando diretamente o desempenho nos jogos. Como alcançar a sonhada regularidade e a estabilização técnica se os times nunca podem ser repetidos de um jogo para outro?

Ainda sob o comando de Paulo Bonamigo, o Remo se ressentiu da ausência de jogadores-chave em partidas importantes. Nos últimos jogos, já sob o comando de Felipe Conceição, as lesões de Marlon, Wellington Silva, Tiago Ennes, Wallace, Romércio, Erick Flores e Mateus Oliveira ameaçam a eficiência e o equilíbrio da equipe.

Nesses momentos, cresce a importância do banco de reservas. Confirma-se a tese de que um time não sobrevive apenas com seus titulares. É preciso ter uma retaguarda de suplentes que sustente o padrão técnico na eventualidade de perda dos jogadores mais importantes.

Rafinha, que passou boa parte do campeonato em recuperação, voltou diante do Operário-PR e tem sido útil sempre que é lançado nas partidas. É um meia-atacante que requer sequência para se adaptar ao modelo pratico pelo time. Jefferson, que vinha subindo de rendimento, ainda não conseguiu se firmar no retorno aos jogos.

A garotada oriunda da base também pode se beneficiar dessa situação. O clube não pode se lançar a contratações e gastos excessivos. Os da casa podem muito bem suprir momentos de emergência. Diante do Confiança, na terça-feira, Felipe lançou mão de Ronald e Warley. Antes, ele já havia utilizado Tiago Miranda em várias ocasiões.

Pode ser uma alternativa interessante, até porque o returno será mais inclemente e rigoroso com os clubes. É a fase de definição de acesso, permanência ou rebaixamento. Os jogos tendem a ser mais encarniçados, os riscos de lesões naturalmente vão aumentar. E é claro que quem não tiver peças de reposição vai sofrer bastante.

Queda de Hélio expõe conceitos erráticos do futebol

Sem dó nem piedade, Hélio dos Anjos foi defenestrado do comando técnico do Náutico. Bastou o time despencar na tabela de classificação da Série B para o bom trabalho, iniciado ainda no Campeonato Pernambucano, cair no esquecimento.

Nada diferente do que ocorre em quase todos os segmentos profissionais, onde reconhecimento é algo raro e fugaz, mas sempre impressiona no futebol pela maneira como essas decisões são aceitas e toleradas.

Ninguém estranha, ninguém protesta. Os próprios técnicos aceitam passivamente como se fosse determinismo histórico. Não é, nem deve ser tolerado. O respeito ao trabalho bem desenvolvido deveria ser norma. Hélio conduziu o Náutico a uma campanha surpreendente, acima de todas as expectativas.

Liderou boa parte do primeiro turno. A queda, explicada pelas contusões e perdas de jogadores importantes, foi vertiginosa, mas o impulso inicial não poderia ser ignorado pelos dirigentes. O começo foi tão bom que, mesmo sem vencer nas últimas rodadas, o time segue próximo ao G4, com 30 pontos, em sétimo lugar.

É claro que tem possibilidades de voltar a brigar pelo acesso. Basta um pouco de paciência e a recuperação dos atletas lesionados. A bem da verdade, nem o mais otimista dos torcedores do Náutico esperava uma campanha tão positiva.

A contratação de Marcelo Chamusca, que foi dispensado pelo Botafogo há três semanas após campanha pífia, só confirma os critérios erráticos que norteiam o futebol brasileiro.

Futebol não passa no teste da volta das torcidas

Há muita gente interessada na volta de público aos estádios, mas o que se viu no Mineirão, anteontem, antes e depois do jogo Atlético-MG x River Plate, reforça a necessidade de mais cautela e planejamento. Pelas regras definidas pela Prefeitura de Belo Horizonte, 30% (17.971) dos assentos do estádio estavam à disposição dos torcedores. O problema é que do lado de fora o público era muito maior. Parecia um Círio.

A multidão ocupou os arredores do estádio, mesmo sem ingresso, apenas pelo prazer de curtir a farra e viver o clima de decisão. A maioria das pessoas estava sem máscaras ou utilizando o acessório a “meio-pau” (à altura do queixo) em total desrespeito aos protocolos contra a covid. Como só quem entrou no estádio precisava comprovar teste negativo, as aglomerações foram praticamente liberadas no entorno.

A imprensa mineira apontou ontem vários erros cometidos pelos organizadores do jogo. Problemas no acesso ao estádio geraram a formação de filas e tumultos. (Nada diferente do que se viu em outros jogos de competições da Conmebol). A demora para buscar os portões de entrada provocou grande concentração de pessoas nas catracas.

Nas arquibancadas, o cenário não foi diferente. As imagens da TV mostraram muita concentração de gente em poucos setores do estádio, com torcedores também sem máscara. Com altas taxas de contágio, Belo Horizonte não era o local adequado para a experiência, até porque a vacinação ainda está muito aquém dos índices considerados satisfatórios.

O pior disso tudo é que BH não é exceção. Pelo contrário, está na média das capitais brasileiras, o que só redobra a necessidade de mais cautela e rigor no cumprimento dos protocolos.

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