O tempo de espera não é muito elástico, mas a dupla Re-Pa renovou as expectativas das torcidas para o desafio do Campeonato Brasileiro. Os bicolores, que irão disputar a Série B, tiveram desempenho melhor no clássico de domingo, embora devendo nas finalizações. Os azulinos, que também desperdiçaram chances, fracassaram na organização e deixaram seus torcedores preocupados em relação à Série C.
Nos dois times, alguns pontos merecem uma análise mais detalhada. O técnico alviceleste Hélio dos Anjos saiu satisfeito com o rendimento de sua equipe, principalmente no primeiro tempo. Entendeu que os jogadores seguiram à risca o que tem sido orientado desde a pré-temporada.
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O segundo tempo exibiu brechas no sistema de jogo, com a concessão de espaço excessivo para a movimentação dos azulinos pelas laterais, o que fez com que o Remo equilibrasse o jogo quanto às alternativas ofensivas. Pela maneira brusca como isso ocorreu, é algo que merece atenção por parte da comissão técnica do Papão.
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Bem maior que os reparos que Hélio dos Anjos precisará fazer em seu time é a necessidade de ajustes que se impõe no Leão. Ricardo Catalá atribuiu uma exagerada nota 7 ao comportamento da equipe no Re-Pa.
A bem da verdade, uma nota 5 ficaria mais coerente diante do descalabro visto na etapa inicial, quando o meio-de-campo foi engolido pelo adversário e a defesa sofreu as consequências disso.
Ficou a impressão de que os dois rivais seguem em pré-temporada, fazendo experiências com jogadores e buscando aperfeiçoar os modelos de jogo. O PSC tem feito isso com mais disciplina ao longo do Parazão. Ao Remo falta até definição a formação titular.
Nos três jogos disputados (Canaã, Castanhal e PSC), o time mudou sempre, tanto na zaga quanto na meia-cancha e no ataque. No Re-Pa, o técnico Catalá mexeu na lateral-direita (Vidal no lugar de Thalys), no meio (Daniel como titular) e no ataque (Marco Antônio em vez de Ronald, lesionado).
O fato é que ninguém esperava times azeitados e prontos após 15 dias de campeonato, mas era possível mostrar um mínimo de organização e repertório de jogadas. Ainda há tempo para corrigir os vários problemas de lado a lado, mas é preciso agilizar as providências.
CBF parabeniza o Leão e reconhece conquistas
O Remo comemorou ontem 119 anos de fundação e ganhou parabéns no site oficial da CBF. Melhor que isso: recebeu um presente especial. A confederação que manda no futebol nacional detalhou os títulos do clube e citou, pela primeira vez, que o Leão Azul é tricampeão da Copa Norte. As conquistas ocorreram nas temporadas de 1968, 1969 e 1971.
A competição era conhecida como Torneio do Norte, etapa regional do Norte-Nordeste, com todas as edições organizadas pela antiga Confederação Brasileira de Desportos (CBD), que depois virou CBF.
Com a afirmação de que os títulos do Torneio do Norte equivalem às conquistas da Copa Norte, a CBF coloca o Remo na condição de tricampeão nortista e maior vencedor da competição, junto com o S. Raimundo-AM, que venceu em 1999, 2000 e 2001. Além disso, o Leão supera o Paysandu, que conquistou a Copa Norte em 2002.
Resta saber se esse reconhecimento tardio implicará em alguma vantagem prática para o clube azulino.
Em público, Re-Pa só perdeu para o clássico do Rio
Em nova demonstração de pujança, a torcida paraense fez do Re-Pa de domingo o segundo jogo mais assistido do país no fim de semana. O clássico 771, válido pela 5ª rodada do Campeonato Paraense, teve 48.180 espectadores (41.461 pagantes). Ficou atrás apenas do jogo Flamengo x Vasco, no Maracanã, pelo Campeonato Carioca, com 56.318 espectadores.
No estádio Jornalista Edgar Proença, os torcedores de Remo e PSC deram um show e superaram o clássico Bahia x Sport pela Copa do Nordeste, que teve 47.138 espectadores, e até a plateia da Supercopa do Brasil, entre São Paulo e Palmeiras, com 42.741.
No Mangueirão, a renda do Re-Pa chegou a R$ 2.482.020,00, com R$ 897.986,65 em despesas e valor líquido de R$ 1.554.023,35. Na composição do público, foram 41.461 pagantes e 6.719 gratuidades, totalizando 48.180 pessoas presentes.
O duelo de torcidas foi vencido pela Fiel Bicolor, que teve 22.831 pagantes e 2.166 gratuidades. Público total: 24.997. A renda bruta foi de R$ 1.363.240,00 e o valor líquido foi de R$ 868.088,61.
A diferença em relação à torcida azulina foi 4.201 torcedores. O Fenômeno Azul ocupou o lado B com 18.630 pagantes e 4.553 gratuidades. Total: 23.183. A renda atingiu R$ 1.098.780,00, com saldo de R$ 685.934,74.
Números superlativos que reforçam o gigantismo de nossas torcidas.
Tênis de mesa terá treinamento com supercampeão
A Associação Paraense de Tênis de Mesa (APTM) contratou o supercampeão paraense Yury Nerys para reforçar o treinamento dos atletas a fim de conquistar mais prêmios e medalhas nos torneios de nível nacional. Yury também vai ministrar oficinas para crianças e jovens que mostram aptidão para a prática do tênis de mesa.
Segundo Adriano Bandeira, diretor da APTM, Yury irá repassar técnicas mais apuradas aos atletas graças à sua experiência em disputas de grandes torneios, o que certamente irá contribuir para a evolução e a conquista de mais vitórias para a modalidade no Pará.
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