O Remo fechou a semana como o único time do Estado a sobreviver na Copa do Brasil – até porque ainda não estreou no torneio. O insucesso do principal rival ajudou a atenuar o peso das cobranças pela patética atuação contra o Manaus, na quarta-feira, pela Copa Verde.

Faltou tudo ao Leão na Arena da Amazônia, a começar por organização e desprendimento para travar um jogo equilibrado. Um sintoma da apatia da equipe foi a passividade com que o setor de marcação atuou, sem dividir jogadas e preferindo apenas cercar os jogadores do Manaus.

Sofreu dois gols em lances de treino coletivo e não teve força para esboçar uma reação mínima. Nem sombra do time aguerrido e audaz do clássico contra o Papão. O mau desempenho respinga também sobre o técnico Ney da Matta, que voltou a se equivocar nas escolhas.

Poderia ter substituído Adenilson por Jefferson Recife ainda no primeiro tempo, mas preferiu esperar até que a derrota já estivesse desenhada. O mesmo pode ser dito sobre a tardia entrada de Jayme no ataque, além da inexplicável ausência de Elielton como opção de velocidade contra um time cheio de veteranos, visivelmente cansados nos últimos 30 minutos.

O confronto do meio de semana contra o Atlético-ES, em Itapemirim, pela Copa BR, vai servir para se ter uma ideia mais clara sobre o Remo atual, cujas oscilações inquietam o torcedor e preocupam a diretoria de Futebol. Afinal, o Leão precisa se sair bem nas competições para faturar mais e escapar do enrosco financeiro em que se encontra.

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