
A Amazônia está no centro de debates globais sobre meio ambiente e clima, com destaque para Belém, que sediará a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025, a COP-30, em novembro.
Mesmo meses antes da COP, as discussões sobre meio ambiente e espécies nativas já começaram, com eventos como o VII Simpósio de Insetos Aquáticos Neotropicais, realizado na Universidade Federal do Pará (UFPA) entre os dias 17 e 21 de fevereiro. O evento reuniu estudantes e pesquisadores para debater o avanço dos estudos sobre esses insetos, temas de grande relevância para a região e para o planeta.
Entre os apoiadores do evento está a Agropalma, que desenvolve, em parceria com a UFPA e a Conservação Internacional (CI), programas de proteção e preservação ambiental e florestal. O coordenador de responsabilidade socioambiental da Agropalma, Wander Antunes, foi palestrante no quarto dia do evento e falou sobre a participação da empresa.
“Para nós, da Agropalma, é de total interesse apoiar eventos desse tipo, que incentivam a pesquisa e o desenvolvimento de novos pesquisadores e da ciência. Aqui compartilhamos um pouco da nossa experiência na Amazônia, pois temos a responsabilidade de fazer uma gestão estratégica e eficiente dessas nossas áreas de floresta”, afirmou.

No Pará, a empresa mantém 1,6 hectare de reserva florestal protegida para cada hectare de plantação de palma. Ao todo, são 107 mil hectares de fazendas, dos quais 64 mil são reservas florestais. A preservação e o estudo dessas áreas já viabilizaram o mapeamento de aproximadamente 1.029 espécies, além de contribuir para a conservação da floresta por meio de relatórios elaborados pela UFPA e entregues à Agropalma.
A UFPA coleta dados há mais de 15 anos em nossas áreas, trabalha essas informações e nos entrega relatórios detalhados, que nos ajudam a tomar decisões mais eficientes em relação à gestão do nosso território. Além disso, esses dados também servem como bioindicadores, permitindo que ajustemos o nosso efetivo de segurança nessas áreas.
Wander Antunes, coordenador de responsabilidade socioambiental da Agropalma“Não é fácil cuidar de uma área desse porte, considerando toda a pressão exercida por caçadores, madeireiros e invasores. Por isso, trabalhamos em parceria com diversas instituições, o que tem sido fundamental para o sucesso do nosso projeto até hoje”, acrescentou.
Segundo Wander, a participação no Simpósio é apenas o amostra do trabalho da Agropalma na divulgação de suas ações voltadas para a preservação da Amazônia. De acordo com ele, a empresa mantem diversas outras iniciativas e eventos de conservação e educação ambiental.

O simpósio e a COP-30
Apesar de estar na sétima edição, esta foi a primeira vez que o Simpósio de Insetos Aquáticos Neotropicais foi realizado no Pará. Para o professor da UFPA e coordenador do evento, Leandro Juen, o alto número de participantes de diversas partes do Brasil e do mundo evidencia a importância de discutir ciência na Amazônia.

“Tivemos 410 inscritos, sete países representados e participantes de praticamente todos os estados do Brasil. Foram mais de 52 palestrantes, 360 resumos apresentados, além de exposição e divulgação científica voltada para a popularização da ciência. Estamos falando muito da COP-30, e é essencial que os povos amazônicos sejam incluídos no debate e tenham suas vozes ouvidas. Foi exatamente isso que fizemos. Trouxemos uma exposição de comidas típicas e artesanato para garantir que essas pessoas também participem dos eventos, que tendem a se tornar mais frequentes aqui na Amazônia e, com certeza, na UFPA”, destacou.

Ainda segundo o professor, o estudo de insetos aquáticos, especialmente na Amazônia, é fundamental, pois esses organismos estão diretamente ligados à qualidade e potabilidade das águas.
“O que são insetos aquáticos? São aqueles cuja vida, pelo menos em um estágio, depende do ambiente aquático. Um dos mais conhecidos são as libélulas, popularmente chamadas de jacintas, que atuam como bioindicadores da qualidade ambiental. Ou seja, a presença desses organismos indica água de boa qualidade, própria para o consumo humano”, concluiu.

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