O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai anunciar nesta semana concurso para Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), com aproximadamente 500 vagas. A prova deve ocorrer ainda neste ano.
O anúncio ocorre durante o Acampamento Terra Livre, em Brasília, que reúne lideranças indígenas de todo o país, e fará parte de uma série de medidas para esta população. O encontro ocorre até sexta-feira (28).
A última vez que houve concurso para servidor da Funai foi em 2015. De acordo com o Portal da Transparência, há hoje 2.823 servidores em exercício na Funai -- quase o mesmo patamar de aposentados e pensionistas, 2.471.
O Ministério da Gestão já anunciou neste ano também 800 vagas para a pasta de Ciência e Tecnologia, que fazem parte de um pacote de cerca de dez concursos neste ano.
O tema do acampamento neste ano é "O futuro indígena é hoje. Sem demarcação, não há democracia". No passado, foi marcado por oposição ao governo de Jair Bolsonaro (PL) e resistência às pautas consideradas ameaçadoras para os povos.
Um relatório feito pelo Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos) e pela INA (Indigenistas Associados - Associação de Servidores da Funai) no passado chegou à conclusão de que a fundação implementou política anti-indigenista, marcada pela não demarcação de territórios, perseguição a servidores e lideranças indigenas, somada a uma militarização de cargos estratégicos e a esvaziamento de quadros da entidade.
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