CNU 2025: veja o que mudou e como se preparar para a prova

O Concurso Nacional Unificado (CNU), conhecido popularmente como o "Enem dos Concursos", trouxe uma forma inovadora de ingresso na carreira pública em 2024. Entretanto, o certame promete novidades em 2025.

Após ofertar 6.640 vagas em 21 órgãos federais, uma segunda edição do CNU já foi confirmada pelo Governo Federal, como garantiu a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck. A pasta segue responsável pela organização do pleito.

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Uma das características mantidas em 2025 deve ser a seleção em blocos temáticos, reunindo temas comuns às diversas áreas de atuação profissional. Segundo especialistas, o formato já foi considerado um acerto tanto pela banca aplicadora quanto por professores de cursos preparatórios, além de facilitar o estudo por gerar questões mais previsíveis aos candidatos.

Outro ponto positivo para o governo foi a uniformização dos critérios de seleção, que reduziu disparidades e gerou economia, bem como transparência para a correção.

Melhorias são bem-vindas

Já no dia da aplicação da prova em 2024, alguns pontos apresentaram necessidade de melhora para uma edição seguinte, como uma melhor distribuição das questões entre os temas, além de maior clareza nos critérios de correção das provas discursivas.

Um quesito que mexeu com os candidatos foi a distribuição do tempo, sendo considerado pouco durante a manhã e excessivo no turno da tarde.

Coordenador do mestrado em Administração Pública da UFRN, o professor Antonio Batista da Silva Oliveira destacou a importância de inclusão de leis recentemente modificadas e sugere que questões interdisciplinares podem ser ainda mais eficientes

"Leis aprovadas em 2025, como as novas diretrizes do Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas), a regulamentação de apostas esportivas e alterações no estágio probatório dos servidores federais certamente estarão no edital", aponta o especialista.

Assim como em 2024, a nova edição do CNU deve refletir as prioridades e os desafios recentes da administração do serviço público. As apostas são regulação da inteligência artificial e segurança de dados, além de manter foco em mudanças climáticas e políticas sociais emergentes.

Outras novidades anunciadas são as novas carreiras transversais, nos cargos de Desenvolvimento das políticas da justiça e defesa e Analista técnico de desenvolvimento socioeconômico, com 705 vagas cada. Os cargos exigirão conhecimentos interdisciplinares para o enfoque maior em gestão pública e formulação de políticas governamentais.

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Quando sai o novo edital?

A previsão de lançamento de edital é para março deste ano, com as provas aplicadas novamente em agosto. A expectativa de especialistas é o público ter novidades mais concretas após o recesso de Carnaval.

Entretanto, a própria ministra Esther Dweck já confirmou que o período de agosto é o mais indicado por diversos fatores, sendo um deles o menor índice pluvial no país. Vale lembrar que a edição de 2024 precisou ser adiada após as fortes chuvas que alagaram partes importantes do estado do Rio Grande do Sul.

Levando em conta o número de vagas preenchidas pelo CNU de 2024, existe a previsão de até 3.500 novas vagas serem disponibilizadas no novo certame. Já os salários podem chegar a R$ 21.070.

Até o momento, já foram apontados alguns órgãos que devem aderir ao CNU 2025, sendo eles:

• Ministério do Desenvolvimento Regional (MIDR)
• Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj)
• Biblioteca Nacional
• Instituto Brasileiro de Museus (Ibram)
• Fundação Palmares
• Ministério da Fazenda

Entre críticas e elogios, é esperado que o governo mantenha a banca Cesgranrio como organizadora do concurso.