Central do Brasil comemora 20 anos de estreia este ano. O filme, dirigido por Walter Salles e indicado ao Oscar, conta a história da vida da professora Dora, interpretada pela atriz Fernanda Montenegro, que se sustenta redigindo cartas para pessoas que não sabem escrever.

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A história do filme foi inspirada em uma presidiária, chamada Socorro, que ajudava mulheres analfabetas a se comunicarem com as famílias através de cartas, de dentro para fora do cárcere. Outro toque de realidade também foi incorporado ao filme. Os relatos contados para a personagem Dora foram reais e feitos pelas próprias pessoas que viveram as histórias. 

Dentre essas pessoas estava José Ferreira da Silva, que contou como seu filho havia sumido depois da sua mudança de Arcoverde, em Pernambuco, para Castanhal, no nordeste paraense. "Já faz quatro anos que ele saiu", diz o homem. "E não tem notícias, é isso?", pergunta Dora. "Não tem notícias", conclui Silva.

A história do morador do Pará que mudou por causa do filme Central do Brasil
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Salles, então, decidiu levar as cartas aos Correios tentando, de fato, entregar as palavras aos destinatários. Foi assim, que o filho de José recebeu notícias do pai e o reconheceu na telona do único cinema da cidade que morava, no município paraense. Emocionado, o menino resolveu visitar o pai. O caso tornou-se reportagem na Revista Época naquele período.

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