A Netflix está sendo acusada por uma organização de combate ao abuso sexual de menores de trivializar o tráfico sexual de adolescente, após lançar em sua plataforma, a série italiana 'Baby'.  

Na trama, duas adolescentes italianas mergulham em uma vida dupla entre o bairro nobre onde moram e o submundo da cidade, onde reina a prostituição. 

A série foi lançada na última sexta-feira (30), e já foi alvo de várias críticas negativas, algumas por parte do Centro Nacional de Exploração Sexual dos Estados Unidos (NCOSE), por promover o tráfico sexual com a série.

No início do ano, após o anuncio do seriado, 55 sobreviventes de crimes sexuais se uniram ao NCOSE para enviar uma carta de apelo à plataforma, mas foi ignorada. 

“Apesar de apoiar o movimento #MeToo, a Netflix parece ter ignorado completamente a realidade da exploração sexual. Apesar das reclamações de sobreviventes de tráfico sexual, especialistas na matéria e provedores de serviços sociais, a Netflix está a promover o tráfico sexual ao insistir na transmissão de ‘Baby’. Claramente, estão a priorizar o lucro em detrimento das vítimas de abuso”, denunciou Dawn Hawkins, diretor do NCOSE.

Em seu primeiro pronunciamento, a Netflix chamou a série de "arrojada", mas Hawkins discordou.  “Não há nada de arrojado na exploração sexual de menores. Esta série ‘glamoriza’ o abuso sexual e trivializa a experiência de incontáveis jovens mulheres e homens que sofreram de tráfico sexual. ”

Até o momento, a Netflix ainda não se pronunciou sobre o assunto. 

(Com informações do N-TV)

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