As redes sociais receberam com surpresa a notícia de que a Globo escolheu a novela Fina Estampa para tapar o buraco entre as duas fases de Amor de Mãe durante seu recesso por conta da epidemia do coronavírus. Mas muitas pessoas tem reclamado da escolha, justificando que a emissora poderia ter escolhido títulos mais superiores.

A decisão não é tão simples assim. Alguns critérios foram levados em consideração como: ser uma novela do horário das nove, sucesso de audiência e gravada em alta definição (HDTV) em formato de tela 16:9 — ou seja, de 2009 para cá. 

As opções por ordem cronológica são: Caminho das Índias, Viver a Vida, Passione, Insensato Coração, Fina Estampa, Avenida Brasil, Salve Jorge, Amor à Vida, Em Família, Império, Babilônia, A Regra do Jogo, Velho Chico, A Lei do Amor, A Força do Querer, O Outro Lado do Paraíso, Segundo Sol, O Sétimo Guardião e A Dona do Pedaço. 

Globo decide reexibir tramas para preservar profissionais de novela

Desses títulos, se descarta as mais recentes (Segundo Sol, A Dona do Pedaço e O Sétimo Guardião); Avenida Brasil, que está no ar no Vale a Pena Ver de Novo; e Caminho das Índias, reprisada não faz tanto tempo. Lógico que precisava ser um sucesso, então descarta-se mais da metade das que sobraram.

Fina Estampa é uma novela de forte apelo popular, com personagens caricatos que caíram no gosto do público: o trio Pereirão, Crô e Tereza Cristina, vivido por Lília Cabral, Marcelo Serrado e Christiane Torloni. Tanto que - fato raro entre nossas novelas - Crô rendeu filmes. Tereza Cristina matou, mas era uma vilã risível, de desenho animado. 

Ainda o apelo da personagem de Lília Cabral, a mulher batalhadora, mãe zelosa que luta para sustentar a família sozinha. E que ainda tem o desprezo de um dos filhos, dando margem para dramas familiares rasgados e a compaixão do público.

Foto: Reprodução

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