A arte como dispositivo de criação voltado ao cuidado de si é tema de um bate-papo que o Teatro do Sesi promove hoje, em live com Roberta Flores, psicóloga e atriz, e medição de Suani Corrêa, produtora cultural do teatro. A conversa, a partir das 19h, no Instagram do teatro, faz parte do chamado “Janeiro Branco”, campanha que busca chamar a atenção para o tema da importância da saúde mental na vida das pessoas.

“Pretendemos conversar de forma descontraída e usando linguagem acessível, partindo da minha experiência como artista e psicóloga, sobretudo minhas experimentações com a arte, especialmente a linguagem do teatro e da escrita poética”, antecipa Roberta Flores, formada pela Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará, com mestrado em Psicologia e doutoranda em Artes.

“Vou ressaltar na minha fala que somos sujeitos criadores por natureza, por isso a criatividade é um exercício diário que não está presente apenas no fazer artístico, e que nos auxilia na manutenção da nossa saúde mental, enquanto cuidado de si. No entanto, acredito que ao experimentar meu corpo em processo de criação artística a potência de recriação é alargada, ampliada. Ou seja, arte e cuidado podem andar juntos, sim”, frisa Roberta.

Neste sentido do autocuidado, ela acredita que a experimentação artística pode ser um caminho para manter foco e para se relacionar com as outras dimensões sociais, sejam elas em nível macro, em sociedade, ou micro, em núcleo familiar, por exemplo. “Dentro de casa posso vivenciar estas experimentações em arte. E nesse ponto vou contar um pouco o que aconteceu na minha casa, que virou inspiração para uma ação do projeto ‘Experimentações Corporais’, que componho como uma das idealizadoras, e o Coletivo Casa Cria Cura, que também componho como idealizadora e criadora”, diz, citando dois projeto que ofertam, respectivamente, oficinas e práticas na linha do autocuidado pela arte.

Roberta Flores une a experiência no teatro ao cuidado com a saúde mental Foto: Divulgação

MAIS ACESSADAS