O banjo é considerado um dos instrumentos de corda-percussivos mais antigos que existe, originário da África e levado para a América pelos negros escravizados no século XVII. Desde então, esse instrumento passou por diversas modificações e experimentações. Um desses processos de inovação tem sido feita pelo músico paraense Luizinho Lins.
O instrumentista e vocalista, que toca há mais de duas décadas com o banjo de carimbó, juntou as distorções da guitarra ao instrumento característico da música paraense e deu origem ao projeto "Banjo: da linha de pescar ao wah-wah", que será apresentado neste sábado (5), no espaço Apoena (avenida Dique de Caxias, 450, bairro do Marco), em Belém.
"Nesses estudos que fiz com os banjos, comecei a convergir para outros experimentos: coloquei um captador de guitarra no banjo e uso com pedais de guitarra, sendo o wah-wah um dos pedais mais referenciais, que foi usado muito nos 60 por Jimi Hendrix e essa galera que fazia o rock n' roll psicodélico", explica Luizinho.
No show, o instrumentista paraense utiliza das variações estilísticas do banjo como forma de mostrar a linha cronológica da carreira dele: desde o banjo mais tradicional, feito com corda de linha de pesca, muito usado no carimbó, até o banjo com cordas de aços que é usado com os pedais de distorção, trazido pelo artista paraense do México.
O artista atua no cenário musical paraense desde o final dos anos 90, tocando com grupos folclóricos de Icoaraci. Desde 2005, atua junto a outros artistas de carimbó dentro do espaço "Coisas de negro", também em Icoaraci.
O show de Luizinho Linas inicia às 22h no espaço Cultural Apoena. O evento é para vacinados. Mais Informaões pelos números 98213-6071 ou 99158-0829.
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