Há pouco mais de um mês, o caso de um jovem autista que teve a meia-entrada negada em um cinema de Belém chamou a atenção sobre as dificuldades de inclusão das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Desde 2020, o Pará vem avançando no reconhecimento de direitos a pessoas com TEA. A situação no cinema aconteceu poucas semanas depois de uma garota com autismo ter sido impedida de se matricular em uma academia na capital paraense.

Cinemas no Pará deverão dedicar uma sessão por mês para pessoas com autismo
📷 Cinemas no Pará deverão dedicar uma sessão por mês para pessoas com autismo |( Reprodução )

A partir de julho todos os cinemas com salas no Pará deverão oferecer um dia de sessões especiais para autistas. A chamada Sessão Azul foi estabelecida por meio da lei nº 9.535 sancionada pelo governador do Pará Helder Barbalho (MDB) e publicada na edição da última quinta-feira (28), do Diário Oficial do Estado. A lei entrará em vigor em 90 dias e é de  autoria do deputado estadual Fábio Figueiras (PSB).

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Na pratica, a regulamentação obriga aos cinemas a reservarem pelo menos uma sessão por mês para o público autista. A sala destinada deverá ter na entrada o símbolo mundial do TEA, manter a iluminação adequada (luzes levemente acesas) e manter o volume de som reduzido.

A lotação nas salas deve ser limitada a 50% da capacidade e, se caso o total de ingressos oferecidos não forem adquiridos, as empresas poderão abrir para o público em geral até cinco dias antes da sessão.

Um dia pela defesa da pessoa com autismo

Durante a exibição dos filmes, as pessoas com autismo e seus familiares poderão entrar e sair ao longo da sessão sempre que desejarem.

Segundo a lei, as sessões azuis poderão ser canceladas com dois dias de antecedência se não houver procura por ingressos.

Cinemas no Pará deverão dedicar uma sessão por mês para pessoas com autismo Foto: ( Reprodução )

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