No último dia 22, a quadrinhista Aline Zouvi anunciou que em 2024 sua esperada graphic novel “Pigmento”, que há pelo menos dois vem sendo finalizada, editada e prometida, vai chegar às livrarias através da Quadrinhos na Cia. Carioca que hoje mora em São Paulo, Aline é figura de destaque no cenário de quadrinhos independentes nacional, com um olhar único e autêntico em suas histórias, boa parte delas vindo de suas experiências pessoais.
“Pigmento” é sua graphic novel de estreia, descrito como “um thriller existencial sobre amor, gênero, identidade e o universo da tatuagem”. Além de trabalhar com HQs, Aline é ilustradora, professora e tradutora de francês. Em seus trabalhos, muito por serem autobiográficos também, ela enveredou por temas como visibilidade, representatividade feminina e LGBT+ além do mundo da tatuagem.
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Em 2017, após finalizar o mestrado sobre as obras da quadrinhista estadunidense Alison Bechdel (“Fun Home”), começou a ministrar oficinas, publicar cartuns em veículos como “Folha de São Paulo”, “Piauí” e a participar de mesas de discussões e feiras.
Aline é autora de quadrinhos premiados e zines de destaque como “Síncope”, vencedor do Prêmio Dente de Ouro 2018 e finalista HQMix; “Óleo Sobre Tela”, UgraPress, 2018; “Pão Francês”, Incompleta, 2019, finalista do HQMix e Angelo Agostini; e “Tradução Simultânea”, SapataPress, 2020.
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A autora utiliza de seu olhar peculiar para, com traços característicos, trabalhando principalmente com o P&B, desenvolvendo narrativas sobre suas experiências pessoais, buscando novas perspectivas sobre o “diferente”. Em entrevista recente ao blog da camiseteria “El Cabriton”, ela explicou brevemente sobre seu processo de trabalho, planejamento e pesquisa antes de partir para a feitura dos roteiros. “A partir do roteiro, faço uma revisão da história, tento entender se os pontos tão bem amarrados, desenho os rafes (rascunhos) e aí costumo ir deles direto para a página final, desenhando à lápis mesmo”.
No começo do ano Aline publicou o fanzine “Eu não nasci sabendo”, abordando os temas que lhe são caros, como reflexões sobre a descoberta tardia da homossexualidade, tratando com leveza questões relacionadas à heterossexualidade compulsória e ao que faz muitas pessoas LGBTs+ demorarem para viver uma vida plena.
Seu traço nas HQs começa a se distanciar mais aos de Bechdel, ainda assim sua principal referência. As histórias começam a parecer mais com seu trabalho como ilustradora, com mais liberdade e aproveitando muito mais o talento que demonstra. A expectativa por “Pigmento” vai além de um nicho, espraiando-se a todos que curtem a Nona Arte e os novos talentos dos quadrinhos nacionais.
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