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LEGADO DA COP 30

Museu das Amazônias abre as portas como referência em inovação cultural

Novo equipamento cultural valoriza ciência, tecnologia e diversidade amazônica com entrada gratuita até fevereiro de 2026.

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Imagem ilustrativa da notícia Museu das Amazônias abre as portas como referência em inovação cultural camera O Museu das Amazônias representa não apenas um novo equipamento cultural para Belém, mas um marco na valorização da identidade amazônica e na promoção do diálogo sobre desenvolvimento sustentável e conservação ambiental. | Divulgação

O estado do Pará ganha, a partir de 4 de outubro, um dos principais espaços planejados para valorizar a cultura, ciência e sustentabilidade da região amazônica, como parte dos equipamentos previstos para a COP 30.

O Museu das Amazônias, localizado no Porto Futuro II, no bairro do Reduto, em Belém, nasce para ser um dos legados da convenção climática e promete ser referência em práticas museológicas inovadoras e inclusivas. O espaço foi concebido por meio de um amplo Plano de Escutas que reuniu diversas vozes da Pan-Amazônia.

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Houve prioridade, durante o projeto, para diálogos sobre memória, ancestralidade, espiritualidade, ciência e futuro.

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Esta abordagem colaborativa reflete a missão central da instituição: valorizar a identidade e diversidade do maior bioma tropical do planeta.

"Nossa missão é garantir que o Museu das Amazônias seja um espelho e um vórtice que, a um só tempo, reflete e integra as pluridiversidades da região", destaca a secretária de Cultura do Pará, Ursula Vidal. O projeto integra o Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIMM) da Secretaria de Estado de Cultura do Pará.

Ela também reforça que as dimensões simbólicas do espaço, que já nasce integrado a um ecossistema de sociobioeconomia secular, estimulam a pensar um museu que irradiará imaginações de um futuro sustentável, justo, criativo e próspero para as Amazônias e a população.

Gestão experiente e parcerias estratégicas

A implementação do museu fica sob responsabilidade do IDG - Instituto de Desenvolvimento e Gestão, reconhecido pela gestão de equipamentos culturais de referência como os Museus do Amanhã e do Jardim Botânico no Rio de Janeiro, além do Museu das Favelas em São Paulo e o Paço do Frevo no Recife.

O projeto conta com um Comitê Executivo formado por representantes da Secult/PA, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Instituto Cultural Vale (ICV), CAF - Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe, BNDES, IDG e Museu Goeldi.

Curadoria plural representa a diversidade amazônica

A comissão curatorial reúne três profissionais com perspectivas complementares: Francy Baniwa (antropóloga, fotógrafa, cineasta e pesquisadora do povo Baniwa), Joice Ferreira (ecóloga da Embrapa Amazônia Oriental) e Helena Lima (arqueóloga do Museu Paraense Emílio Goeldi).

Esta diversidade de saberes, que integra ancestralidade indígena, pesquisa ecológica e arqueológica, cria um diálogo único entre ciência, tradição e memória, ampliando as possibilidades de interpretação da Amazônia.

Exposições de abertura combinam arte internacional e produção local

Exposição "Amazônia" de Sebastião Salgado

No térreo, o museu apresenta pela primeira vez no Norte do Brasil a mostra internacional "Amazônia", com cerca de 200 fotografias em preto e branco do renomado fotógrafo Sebastião Salgado.

As imagens, resultado de sete anos de expedições pela região, propõem reflexão sobre preservação florestal e o papel das comunidades indígenas.

A exposição, que já passou por Paris, Londres, São Paulo e Rio de Janeiro, será apresentada ao público por Juliano Salgado, filho do fotógrafo falecido em maio deste ano.

Exposição "Ajurí" valoriza produção regional

No mezanino, a exposição "Ajurí" foi concebida especialmente para o Museu das Amazônias. O título, de origem indígena que significa "eu vim ajudar", remete ao mutirão e à colaboração que inspiraram a criação do museu.

A mostra valoriza materiais orgânicos típicos das Amazônias, como fibras de coco, taboa e miriti. Entre os destaques está um móbile com mais de 1.500 animais feitos de fibra de miriti, produzido por artesãos de Abaetetuba.

A exposição reúne oito instalações de artistas amazônidas e nacionais, organizadas em três áreas temáticas: "Amazônias no Plural", "Ameaças e Crise" e "A União como Ensinamento".

Estrutura moderna para programação diversificada

O Museu das Amazônias oferece:

  • Dois grandes espaços expositivos (950 m² e 500 m²);
  • Sala multiuso com capacidade para 130 pessoas;
  • Sala educativa de 77 m²;
  • Loja;
  • Recursos multimídia e estrutura modular.

Cada ambiente foi projetado para integrar ciência, arte e tecnologia em programações que valorizam a história dos povos amazônidas.

O Museu das Amazônias representa não apenas um novo equipamento cultural para Belém, mas um marco na valorização da identidade amazônica e na promoção do diálogo sobre desenvolvimento sustentável e conservação ambiental, consolidando a região como protagonista nos debates globais contemporâneos.

Museu das Amazônias

  • Endereço: Armazém 4A do Complexo do Porto Futuro II, bairro do Reduto - Belém/PA;
  • Funcionamento: Quinta a terça-feira, das 10h às 18h (última entrada às 17h). Fechado às quartas-feiras para manutenção;
  • Entrada gratuita até fevereiro de 2026;
  • Horário especial de abertura: De 4 a 10 de outubro, funcionamento das 10h às 20h. Nos dias 11 e 12 de outubro, o museu estará fechado em razão do Círio de Nazaré.
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