 
 Belém vive um momento de atenção ao clima e a população unindo cultura e outras causas importantes.
A 2ª Bienal das Amazônias entra em novembro com uma programação vibrante e diversa, que une a arte contemporânea à escuta sensorial, à oralidade amazônica e à potência das expressões cabanas e periféricas da região. Entre os dias 31 de outubro e 2 de novembro, o Centro Cultural Bienal das Amazônias (CCBA) recebe atividades que vão de experiências artísticas voltadas para bebês a debates, performances e shows de ritmos paraenses, reafirmando o compromisso da Bienal com a diversidade estética, cultural e social das Amazônias.
No próximo final de semana, o Programa Pedagógico da 2ª Bienal das Amazônias lança uma proposta inédita de experiência sensorial e imersiva voltada para bebês de 3 meses a 2 anos e meio e seus cuidadores. A atividade, que acontece no sábado (1º), das 15h às 18h, no Sonhário do CCBA, foi pensada como um primeiro encontro dos pequenos com o universo da arte contemporânea.
“A programação foi pensada para os primeiros olhares e toques no universo da arte contemporânea”, explica Raquel Freitas, coordenadora do Programa Pedagógico. A proposta convida os participantes a explorarem sons, texturas e cores em um espaço de mediação sensorial criado especialmente para esse público.
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Conectada ao eixo Sotaque, presente na curadoria Verde-Distância, de Manuela Moscoso, a atividade propõe um diálogo entre o ritmo, o som e a percepção dos bebês com as obras da Bienal. “Iremos, a partir do sotaque de bebês, trabalhar sons e ritmos que dialoguem com as obras que compõem a 2ª Bienal das Amazônias”, afirma Raquel.
“Este encontro é um convite à escuta, à curiosidade e ao cuidado, uma oportunidade para que bebês e adultos descubram juntos novas formas de perceber, sentir e se relacionar com a arte”, completa. “Um bebê que é instigado pelas artes é um futuro adulto que continuará a explorar o mundo pela descoberta e tendo as artes como ferramenta”, resume.
Oficina de microcontos e narrativas orais amazônicas
No domingo (2), das 10h às 12h, o CCBA recebe a oficina “Microcontos e as narrativas orais amazônicas”, conduzida pela arte-educadora Andreza Machado e voltada para pessoas a partir de 12 anos. A proposta é apresentar o microconto, forma literária breve e intensa, como ferramenta de recriação das narrativas orais amazônicas.
Inspirada nas obras do escritor paraense Walcyr Monteiro e nas referências visuais do artista peruano Brus Rubio, também participante da Bienal, a oficina estimula a produção individual e coletiva de microcontos, que serão compartilhados entre os participantes e nas redes sociais da Bienal.
Cada participante receberá um caderno artesanal produzido por Andreza Machado para registrar suas criações, além de contribuir para um caderno coletivo, que ficará como memória e resultado simbólico da oficina.
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Identidade cabana e ritmos paraenses no Programa Público
Paralelamente, o Programa Público da 2ª Bienal das Amazônias abre o mês de novembro celebrando a identidade cabana e os ritmos marcantes da cultura paraense, conectando arte, política e ancestralidade.
Depois de explorar os eixos Sonho e Memória nos meses anteriores, o Programa Público chega agora à sua terceira poética, o Sotaque, como explica o coordenador Jean Ferreira da Silva. “Esse terceiro ato faz referência ao Sotaque, que é a terceira poética da Bienal Verde-Distância. A gente associa o sotaque à cultura nortista e à Cabanagem”, explica.
A programação se estende por dois dias, sexta (31) e sábado (1º), e traz debates sobre o movimento Cabano, performances, oficinas de dança e shows de brega, tecnobrega e carimbó. “Achamos muito significativo, no mês da consciência negra, associar o Sotaque à Cabanagem, mas sem perder a alegria, associada ao nosso ritmo, som e visualidades”, completa Jean.
Entre as atrações, destaque para a DJ Pedrita, a “Princesinha do Rock Doido”, produtora cultural e primeira mulher DJ de aparelhagem do oeste do Pará. Em seus sets, mistura brega, tecnobrega, tecno melody e tecno funk, traduzindo a força e a originalidade dos sons amazônicos.
COP do Povo
A programação inclui ainda a mesa-redonda “COP do Povo”, com Claudelice, COP das Baixadas (Ruth Nayane) e mediação de Nelissa Peralta, reunindo lideranças cabanas e coletivos para discutir justiça, território e democracia. O encerramento do sábado será marcado por um grande encontro de vozes negras e cabanas, em que o batuque do carimbó se mistura à poesia e à performance, celebrando “a arte que nasce do povo e volta para ele”.
A 2ª Bienal das Amazônias tem patrocínio master do Nubank, Shell e Vale, e patrocínio do Mercado Livre, todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Conta também com o apoio institucional do Instituto Cultural Amazônia do Amanhã (ICAA) e da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa na Amazônia (FADESP).
Programação detalhada
Sexta – 31 de outubro
- 15h às 16h30 – Mesa: Resistência do Brega e das Aparelhagens (Thays Chaves, Rick Veloso, DJ Pedrita, MJ Hit - mediação)
- 17h às 18h – Mesa: Marcantes / Oficina de Dança - Brega
- 18h às 20h – Rock Doido - DJ Pedrita
Sábado – 1º de novembro
- 10h às 13h – O Afrontoso e Rodrigo Leão – Ateliê Gráfico
- 13h30 às 14h – Performance O Chamado Cabano, com Dezanuviar e Flor do Mururé
- 14h às 15h30 – Mesa de debate Justiça Cabana (COP do Povo, COP das Baixadas e Nelissa Peralta – mediação)
- 16h às 17h30 – Mesa de debate Cultura Negra e Periférica (Priscila Cobra, Coxmica, Vanessa Fogoyó, Anne e Moara NC – mediação)
- 18h às 20h – Palco Negro Autoral: Priscila Cobra convida Mestre Jaci + Sarau em Movimento + Mestre Dimmi e Carimbó Sensacional
Domingo – 2 de novembro
- 10h às 12h – Oficina Microcontos e as narrativas orais amazônicas, com Andreza Machado
- Mediação para bebês (Sotaque-bebê)
- Sábado, 1º de novembro, das 15h às 18h
- Faixa etária: 3 meses a 2 anos e meio (acompanhados de cuidadores)
Local de todas as atividades:
- Centro Cultural Bienal das Amazônias – CCBA
- Rua Senador Manoel Barata, 400 – Belém (PA)
Sobre a 2ª Bienal das Amazônias
Aberta em agosto, a Bienal segue até 30 de novembro, reafirmando seu papel como espaço de convergência entre arte, território e pensamento amazônico.
Horários de funcionamento: segunda e terça: fechado; quarta e quinta: 9h às 17h; sexta e sábado: 10h às 20h; domingos e feriados: 10h às 15h. A última entrada é sempre uma hora antes do fechamento.
Sites: www.bienalamazonias.org.br e www.2.bienalamazonias.com.br.
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