A cantora paraense Joelma foi uma das convidadas do programa “Altas Horas” deste sábado (20) e, além da apresentação musical, conversou com o apresentador Serginho Groisman sobre a carreira e sobre o preconceito sofrido por ser do Norte do País. As informações são do portal GShow. 

Na roda de bate-papo, Joelma, que tem mais de 25 anos de carreira, revelou que sofreu muito preconceito simplesmente por ter nascido no Pará. "Sofri muito. Logo ali, chegando no Maranhão, a gente não era conhecido, ia tocar com outras bandas. Não era pelo ritmo, era por ser do Norte", relatou Joelma. 

A cantora ainda relembrou a história que motivou a criação do seu "grito de guerra" quando fazia parte da Banda Calypso.

"A gente estava começando, nenhuma banda era conhecida, uma casa pequena e a gente dividindo camarim. Eu tava levando o maior papo legal e a menina perguntou assim: ‘De onde vocês são?’. Eu disse: ‘Nós somos de Belém do Pará’. Cara, ela levantou na hora e me olhou dos pés à cabeça com nojo, e se levantou e foi embora”, contou Joelma.

"Foi aí nesse dia que surgiu o grito de liberdade. Quando apresentaram a banda para entrar, estava com uma revolta tão grande dentro de mim, que eu disse assim: ‘Direto de Belém do Pará, isso é Calypsooooo!’”, completou a cantora. 

"Meu empresário também, no início, dizia para mim assim: ‘Você vai para a rádio, mas não fala que você é do Pará. Se perguntarem, você diz que é de São Paulo’. Na primeira deixa que o radialista deu, eu disse: ‘Sou Joelma, da banda Calypso, eu sou de Belém do Pará’", recordou a artista.

Batendo cabelo

Outra história que Joelma recordou durante a conversa foi a origem de uma das suas principais marcas: a “batida” de cabelo. Segundo a cantora, na verdade, o gesto era apenas uma tentativa de tirar o cabelo de seu rosto.

A cantora fazia o movimento de jogar o cabelo para trás para não atrapalhar sua performance. E foi aí que ela ouviu de uma fã que a coreografia de suas madeixas era muito boa

"Eu sempre tive o cabelo muito comprido. E, claro, você movimentando a cabeça o cabelo vem, e eu sempre tirava o cabelo. Aí uma pessoa chegou para mim e disse assim: ‘Muito bacana essa tua coreografia do cabelo’. Aí eu comecei a coreografar com o cabelo mesmo", relatou Joelma. 

Infância no interior do Pará

Além de falar da carreira, Joelma também falou da infância no interior do Pará. Segundo a cantora, naquela época, ela não tinha oportunidade de fazer aulas de dança, mas isso não a impedia de treinar.

“Primeiro eu dancei. [Eu dançava] dentro do meu quarto. Eu morava num interiorzinho bem pequenininho, não tinha escola de dança. Nada de dança. Eu chegava da aula, assim cinco horas da tarde, e me acabava de tanto dançar dentro do quarto”, contou Joelma.

(DOL)

Foto: Reprodução

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