A ex-bailarina do "Domingão do Faustão" da Rede Globo, Carol Tozaki, resolveu abrir o jogo durante entrevista e resolveu contar detalhes sobre como o universo dos bastidores de programas de TV que muitas das vezes, segundo ela, é completamente diferente do que muitos pensam. 

Carol diz que sofreu preconceito na hora de escolher quem iria dançar no dominical de Fausto Silva.

“Se um Martinho da Vila se apresentasse, a maioria das meninas que iam fazer a coreografia eram negras e de cabelo afro. Agora, se fosse um sertanejo tipo o Gusttavo Lima, as meninas que iriam para a coreografia eram de pele mais clara, de cabelo loiro e liso”, disse a bailarina.

Carol participou também do Miss Brasil Intercontinental em 2018 e 2019 e garante que não se sentia bem durante os concursos.

“É muita objetificação do corpo da mulher, por mais que haja muitas informações, existem concursos muito desatualizados. A mulher é mais do que um corpo bonito e magro. Os concursos de Miss prezam muito pela beleza. E nesse universo, as mulheres negras, que não têm os traços tão finos, cabelos afro, encaracolados, não são consideradas bonitas. E eu gostaria que isso parasse, porque todas as mulheres são bonitas. Confesso que já me pediram para alisar o cabelo e uma apresentação. Não aceitei”, confessou a jovem.

“Parecia que existia um número, por exemplo: ‘Temos que ter seis negras’. E não talvez porque eles queriam que tivesse as seis negras ali, mas talvez porque hoje em dia você tem que colocar seis negras na televisão, tem que colocar uma quantidade de negras em uma dança. Para não parecer que eles tinham um preconceito, quanto na verdade tem”, disse Carol.

A assessoria do "Domingão do Faustão" até o momento não se pronunciou sobre o assunto.

Ex-bailarina Carol Tozaki Foto: Reprodução

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