O humorístico "Os Trapalhões" marcou época na história da televisão brasileira. A trupe comandada por Didi, Dedé, Mussum e Zacarias contava com vários coadjuvantes no elenco que garantiam o riso do público. Um deles era o ator Felipe Levy, que nos deixou há alguns anos.
Uma triste história envolve seu filho, Patrick Levy, que atualmente cumpre pena por tráfico de drogas. Aos 45 anos, o ator se diz arrependido e torce por uma nova oportunidade para mostrar que é uma nova pessoa.
Seu pai, que faleceu em 2008, ficou conhecido por interpretar personagens judeus e estrangeiros em programas de humor como "Os Trapalhões" (1977-1987), na Globo, e "Bronco" (1987), na Bandeirantes (Band).
Patrick iniciou sua carreira artística aos cinco anos, fazendo comerciais e, logo em seguida, participando do programa "TV Fofão", na Band. Integrou também o elenco juvenil na adaptação de "Éramos Seis", produzida e exibida pelo SBT em 1994 e que foi um grande sucesso da emissora. Na trama, seu pai deu vida ao delegado Gusmões, que, no remake produzido pela Globo, em 2019, foi vivido pelo ator Stepan Nercessian. No canal, Patrick ainda atuou nas novelas "As Pupilas do Senhor Reitor" (1994) e "Sangue do Meu Sangue" (1995).
Após esse trabalho, Patrick se tornou usuário de drogas e logo acabou sendo preso por tráfico.
“Tive o primeiro contato com drogas na adolescência, na escola. Comecei com a maconha e fui para cocaína. Acabava tendo que traficar para conseguir dinheiro para comprar, porque não tinha coragem de pedir para o meu pai”, disse o ator em entrevista à IstoÉ.
Preso desde 2017, Patrick vem cumprindo pena por tráfico de drogas em regime fechado na Penitenciária Adriano Marrey, em Guarulho, em São Paulo. No entanto, o artista revelou que ainda sonha em poder voltar a atuar.
“Não é porque estou preso que esse sonho saiu de dentro de mim. É algo que pretendo continuar a partir de então, porque creio que a minha recuperação está quase pronta”, contou ele ao Estadão.
Na cadeia, Patrick reencontrou o universo artístico. Lá, ele faz parte do projeto Arte, Transformando Vidas, onde os detentos fazem um curso em dramaturgia, adaptando uma história para o teatro e criam os seus próprios figurinos e cenários.
“Quando venho para cá (o teatro), eu esqueço que estou preso e viajo no personagem. Me desligo totalmente do lugar que estou”, disse ele.
O artista vêm se dedicado aos estudos e torce para que, quando sair em liberdade, possa ter uma oportunidade para mostrar seu trabalho.
“Fiz cursos profissionalizantes antes, mas não faculdade de Rádio, TV, etc. Aqui (na Penitenciária Adriano Marrey) já conseguiu terminar o Ensino Fundamental. Quero fazer a prova do Enceja (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos) para que eu possa voltar a fazer o que eu amo, porém agora com mais afinco. E poder ter a oportunidade de mostrar que sou uma pessoa diferente”, conclui.
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