Ostentação criminosa? Receita Federal investiga influencers

Influenciadores digitais são pessoas que têm uma presença significativa e seguidores em plataformas online, como redes sociais, blogs, YouTube, TikTok, entre outras. Eles ganham influência sobre o público por meio do conteúdo que produzem e compartilham, e essa influência é frequentemente usada para promover produtos, serviços, causas ou ideias.

Recentemente, a Receita Federal iniciou investigações sobre influenciadores que exibem ostentação de bens de alto valor, como carros luxuosos, mansões e objetos caros, em suas redes sociais. O principal objetivo dessas investigações é combater a sonegação fiscal, mas os auditores têm descoberto crimes mais graves, como lavagem de dinheiro para o crime organizado, envolvendo bicheiros, traficantes e milicianos.

Os fiscais da Receita têm acompanhado de perto os suspeitos através das publicações que eles fazem no Instagram, YouTube e TikTok. Eles levantam informações sobre os bens ostentados e realizam cruzamentos de dados para verificar se imóveis e veículos estão registrados em nome do influenciador e se foram declarados no Imposto de Renda.

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Vários influenciadores já foram intimados a prestar esclarecimentos à Receita, e muitos receberam multas por não terem pago impostos relacionados à aquisição ou venda dos bens exibidos na internet. Algumas descobertas chamaram a atenção dos auditores, como o caso de um youtuber que possuía 12 carros registrados em seu nome, mas nenhum deles constava em sua declaração de Imposto de Renda, além de não emitir notas fiscais pelas monetizações e ações de publicidade realizadas nas redes sociais.

O alto número de irregularidades tem impressionado os auditores da Receita. Além disso, as investigações têm se expandido para abranger influenciadores envolvidos em outras atividades ilegais, como aliciamento de apostadores em esquemas de jogos ilegais. Recentemente, operações policiais em vários Estados prenderam os chamados "influenciadores do Jogo do Tigre", que incentivavam seguidores a realizar apostas em plataformas de jogos de azar, alguns chegando a movimentar quantias milionárias e adquirir bens de luxo com o dinheiro obtido ilegalmente.

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Além disso, em dezembro, o fisiculturista e personal trainer Renato Cariani, que possui 7,9 milhões de seguidores no Instagram, foi alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga lavagem de dinheiro e desvio de produtos químicos para a produção de crack. Esses casos ressaltam a importância das autoridades em fiscalizar as atividades dos influenciadores digitais e combater ações ilegais no ambiente online